Paixão pelo time afeta o bolso dos torcedores
Quando o orçamento aperta, o entretenimento é o que mais sofre. Tendência é que torcedores repensem gastos com futebol.
Com uma média de público inferior a 15 mil pessoas em 2016 e uma taxa de ocupação de apenas 38%, o futebol brasileiro tem encarado a cada ano uma diminuição no número de adeptos que frequenta os estádios. Em pesquisa realizada pelo SPC Brasil, ficou constatado que apenas 13% dos torcedores vão aos jogos pelo menos uma vez por mês.
Os que possuem mais regularidade acabam tendo que apertar as finanças para não parar de apoiar seu time - 18,7% já deixaram de comprar algo primordial para gastar com futebol e 10,1% não pagaram alguma conta para adquirir ingressos ou viajar para assistir partidas.
Segundo Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo que comanda a agência Wolff Sports, a tendência, no entanto, é que os torcedores repensem gastos maiores com o futebol no futuro, exigindo dos clubes uma relação de maior “custo-benefício” do que o simples apoio nas arquibancadas.
“Quando o orçamento aperta, o entretenimento é o que mais sofre. Algumas vezes sai mais barato assinar o pacote do futebol e ver os jogos em casa do que ir ao estádio. Por isso diversos clubes estão lançando programas para conceder mais benefícios ao torcedor do que apenas assistir aos jogos. Alguns planos dão desconto em ingresso e na compra de produtos.
O torcedor é um cliente e isso de ‘ajudar por ajudar’ deve diminuir cada vez mais”, explicou.