Esportes

Presidente acusado de desviar dinheiro público

De acordo com os dois procuradores que assinam a denúncia, Gustavo Torres Soares e Priscila Pinheiro de Carvalho, houve uma fraude por meio de um convênio com o Ministério do Esporte.

PéPequenoPéPequeno - Foto: YouTube/Reprodução

BRASÍLIA (Folhapress) - A Justiça Federal de São Paulo aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o atual presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda. Agora réu, o dirigente responde a acusação de desvio de dinheiro público.
De acordo com os dois procuradores que assinam a denúncia, Gustavo Torres Soares e Priscila Pinheiro de Carvalho, houve uma fraude por meio de um convênio com o Ministério do Esporte. A acusação informa que houve desvio de R$ 440 mil.
“Mediante expediente fraudulento (confecção de falsos comprovantes de despesas e falsa prestação de contas ao Ministério do Esporte) desviaram recursos para proveito indevido“, afirma a denúncia do MPF.
De acordo com os documentos, o desvio teria acontecido na organização do torneio Grand Champions Brasil, disputado entre os dias 26 e 29 de maio de 2011, em São Paulo. A Confederação captou, por meio de um convênio, dinheiro com o ministério para a realização do campeonato, mas mentiu, segundo a acusação, no uso do recurso.
O torneio estava previsto para ocorrer no Sheraton São Paulo WTC Hotel, mas foi realizado no Clube Harmonia de Tênis. A agremiação não cobrou aluguel, segundo a denúncia do Ministério Público Federal. Na prestação de contas, a Confederação Brasileira de Tênis informou que gastou R$ 400 mil no aluguel de quadras, apresentando notas fiscais. Outros R$ 40 mil de gastos foram justificados como para reformas no local.
“Diversamente dos R$ 440 mil apontados no projeto e declarados à União como dispendidos para locação e reforma das quadras, a utilização do ‘Clube Harmonia’ se deu gratuitamente, sem qualquer custo para a CBT”, dizem os procuradores.
Em nota, o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Jorge Lacerda, “declara que conversou com os advogados do caso e que os mesmos irão requerer oficialmente os documentos para se interarem dos andamentos, visto que não houve intimação até o presente momento”.
“Pelas informações não oficiais que foram publicadas na Imprensa, Jorge afirma que já explicou cada um dos pontos, tanto que a prestação de contas do projeto junto ao Ministério do Esporte foi aprovada, com comprovação de que não houve dano ao erário. Jorge complementa que agora, finalmente, terá a oportunidade de se defender na Justiça”, diz a nota.

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