Olimpíada

Relatório aponta esquema de manipulação de resultados do boxe nos Jogos do Rio

Fraudes na modalidade teriam começado muitos anos antes do evento no Brasil

Aros olímpicos, símbolo do maior evento esportivo do mundoAros olímpicos, símbolo do maior evento esportivo do mundo - Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

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Um relatório publicado nesta quinta-feira (30) concluiu que houve um esquema de manipulação de resultados no boxe das Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

A investigação, comandada por Richard McLaren e encomendado pela Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador, em inglês), afirma que a primeira de três etapas da apuração focou as decisões controversas de árbitros e juízes dos Jogos.

"As competições classificatórias no caminho à Rio-2016 foram o campo de testes para a corrupção e a manipulação nas lutas no Rio", afirmou McLaren.


Há indícios de que o esquema tenha começado em 2011, antes mesmo dos Jogos de Londres-2012, e que no Rio-2016 estivesse em pleno funcionamento.

Ele também afirmou que cabe às autoridades do boxe, não a ele, decidir sobre a revisão dos resultados olímpicos ou quaisquer outras punições.


A investigação sugere que nove lutas levantaram suspeitas de manipulação, enquanto outras duas expuseram mais claramente o sistema.

Seriam elas a disputa da medalha de ouro do peso-pesado (o russo Evgeny Tischenko venceu o cazaque Vassily Levit) e a do bronze no peso-galo (o irlandês Michael Conlon perdeu para o russo Vladimir Nikitin).

McLaren afirmou que o presidente da Aiba à época, Wu Ching-kuo, e seu diretor-executivo, Karim Bouzidi, têm responsabilidade sobre o sistema.

"Ele [o diretor] supervisionava a escolha de juízes e árbitros que ou sabiam do esquema e colaboravam com a manipulação ou eram incompetentes, mas, por quererem continuar nos seus cargos, eram complacentes e faziam vista grossa com o que acontecia", afirmou.

"As disputas eram manipuladas por dinheiro, em benefício da Aiba ou para agradar alguma federação nacional e seus comitês olímpicos", continuou.

McLaren foi contratado por Umar Kremlev, presidente da Aiba desde o ano passado, como investigador externo dos fatos. Os relatórios são entregues à associação. O COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que vai "estudar cuidadosamente" as descobertas da apuração antes de definir consequências.

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