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Polêmica

Renato Gaúcho intimida imprensa e ameaça não dar mais entrevistas: 'Não tenho medo de ninguém'

Treinador afirmou também ser "bom demais", mesmo com o time na 14ª posição, com apenas três pontos de vantagem para o Criciúma, primeira equipe na zona de rebaixamento

Renato Gaúcho, técnico do GrêmioRenato Gaúcho, técnico do Grêmio - Foto: Reprodução/Redes sociais

O técnico Renato Gaúcho adotou tom hostil na entrevista coletiva que concedeu após o empate do Grêmio com o Cruzeiro, por 1 a 1, na noite desta quarta-feira (28). Incomodado com as críticas da imprensa quanto ao desempenho do seu time na temporada, ele intimidou jornalistas e ameaçou não dar mais entrevistas ao fim das partidas.

"Antes de ir embora, eu vou dar uma coletiva. Eu vou deixar uns nomes para os nossos torcedores. Aí eu quero ver como esses vão conviver aqui no ano que vem", declarou o treinador. "Se continuar mentindo, eu vou dar nomes aos 'bois', vou atacar também, vou chamar de 'mentiroso', de 'covardes' porque estão se aproveitando da situação."

"Vocês também têm família, andam por aí e o torcedor conhece alguns de vocês. Alguns de vocês vão começar a passar dificuldade também. Volto a repetir: não tenho medo de ninguém da imprensa. Não preciso de nenhum de vocês. Eu respeito e sou profissional, se forem profissional comigo."

 

 



Em outro momento da entrevista, Renato Gaúcho sugeriu que alguns jornalistas ganham "presentinhos" para dar notícias falsas. "Posso jogar no ventilador também. Vocês não fazem isso?", questionou, em referência a supostas notícias falsas sobre treinadores que poderiam substituí-lo no comando do Grêmio.

"Se continuar essas invenções de notícias para tumultuar o ambiente, eu vou ser o primeiro a conversar com a direção e pedir para não dar mais entrevistas. Já que, deste lado aí, vocês não querem ser profissionais, não vou mais escutar o treinador falar. O auxiliar vai vir aqui dar entrevista", declarou.

Apesar da situação difícil do Grêmio na tabela do Brasileirão, ainda perto da zona de rebaixamento, o treinador afirmou ser "bom demais", em condições de evitar uma possível queda para a Série B. "Eu sou muito bom. Sou bom demais. O que vocês fazem com os treinadores não dá, não. Eu mato no peito, não escuto, não leio. Se não, eu enlouqueço. Mas sei da minha capacidade. O presidente sabe da minha capacidade, por isso me manteve no clube até agora."

O time gaúcho ocupa o 14º lugar da tabela, com 41 pontos, três acima da zona de rebaixamento. O primeiro time dentro da zona de queda é o Criciúma, com 38, em 17º.

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