Reunião pode definir presença de Pernambuco na LBF
Inscrita na edição 2019 da Liga de Basquete Feminino, time local precisa de parceiros para confirmar participação
A Liga de Basquete Feminino (LBF) divulgou recentemente uma lista de 11 equipes inscritas para a temporada 2019 do certame, o principal da modalidade no País. Entre essas equipes, está a pernambucana Uninassau, parceira do projeto do técnico Roberto Dornelas desde a edição 2012/2013, quando o Sport se sagrou campeão nacional. Na época, a Uninassau era a patrocinadora máster do grupo, que veio a disputar outras quatro finais nos últimos anos, mais uma com a camisa do Sport, duas como Uninassau/América e uma apenas com o nome da instituição. Neste ano, o time caiu nas semifinais ante o maranhense Sampaio Corrêa, quebrando uma sequência histórica para o basquete feminino local.
Embora figure na lista de inscritos para 2019, a equipe pernambucana não tem a participação de fato garantida. Isso porque o time ainda precisa acertar com outro parceiro além da Uninassau, que disse não ter condições de manter a condição de patrocinador máster na próxima temporada. O custo mensal do time para disputar a LBF está na casa dos R$ 80 mil, incluindo o pagamento das atletas, de toda a equipe multidisciplinar e custos extras. Há meses, Dornelas vive uma busca incansável por apoiadores, sem sucesso, apesar de o retrospecto sustentar o valor do projeto.
Leia também:
Projeto de PE pode ficar fora da Liga de Basquete Feminino
Nesta sexta-feira (07), o treinador e a Uninassau têm uma reunião marcada com a secretaria executiva de Esportes da Prefeitura do Recife, que pode ser a parceira que falta para garantir a presença do Estado mais uma vez na Liga. Fala-se, internamente, que o órgão deseja ter uma equipe da Cidade disputando um certame nacional. E, nesse cenário, seria um casamento perfeito. Caso a reunião não tenha o desfecho esperado e o cenário junto à iniciativa privada se mantenha hostil, o risco de a equipe local ficar fora da disputa é grande. E as consequências podem não se resumir somente a este ano, uma vez que a cota da LBF prevê duas equipes do Nordeste por edição, tendo preferência as que disputaram a temporada anterior. No momento, há uma equipe da Bahia e uma do Rio Grande do Norte interessadas em ingressar na Liga e, caso o Estado fique fora neste ano, pode ter dificuldades para retornar posteriormente.
Recorde de inscritos
A edição 2019 da Liga de Basquete Feminino registrou um aumento do número de equipes interessadas em ingressar no certame. Até então, a temporada com maior número de participantes havia sido a 2014/2015, com dez times. Nos anos seguintes, 2015/2016 e 2016/2017, houve uma queda brusca para somente seis times. Na Liga deste ano, foram nove equipes e, para 2019, por enquanto, a expectativa é de recorde de participantes, cenário que favorece o desenvolvimento do basquete feminino ao promover um campeonato mais disputado e novas opções de mercado para as atletas.
Entre as equipes inscritas, duas são de São Paulo (Pró-Esporte Sorocaba e Sesi Araraquara) e uma é do Rio de Janeiro (LSB), que retorna ao cenário após oito anos sem representantes. As demais integrantes da lista são: BAX Catanduva, Santo André/Apaba, São Bernando/BrazolinUnip, Ituano e Vera Cruz Campinas, de São Paulo, Blumenau, de Santa Catarina, Sampaio Basquete, do Maranhão, e Uninassau, de Pernambuco.