Santa Cruz à procura de uma vitória oficial em 2017
Sem vencer nos dois jogos iniciais da temporada, tricolores tentam primeiro êxito diante do Belo Jardim
Depois de ficar na igualdade contra o Campinense, pelo Nordestão, e de empatar com o Náutico, num jogo fraco tecnicamente, pelo Estadual, o Santa Cruz segue em busca de sua primeira vitória em partidas oficiais em 2017. Agora, sem o cansaço de uma viagem, nem o peso de medir forças com o atual vice-campeão regional ou com um rival histórico.
O próximo adversário do Tricolor será o Belo Jardim, nesta quarta-feira (1º), às 21h30, no Arruda, pela segunda rodada do Hexagonal do Título pernambucano. Duelo em que a Cobra Coral entra com a missão de propor o jogo, empurrada pela torcida.
Mas há um detalhe que pode ser determinante no rendimento do time de Vinícius Eutrópio. Ou melhor, três. Pela primeira vez, o treinador não manterá a formação base que vinha utilizando. Na zaga, Anderson Salles substituirá o suspenso Jaime, expulso ante o Timbu. Na dianteira ofensiva, André Luís, por conta de problemas burocráticos de documentação, dará espaço para William Barbio. E a terceira mudança é a única não forçada: Roberto, que terminou a Série A 2016 na titularidade, reassume o posto na lateral esquerda, na vaga do prata da casa Eduardo.
No caso de André Luís, a situação é a seguinte: o jogador veio da base do Atlético/PR para a do Santa Cruz, por empréstimo, e passou a ser aproveitado no elenco profissional com esse modelo de vínculo, mas agora fez um contrato definitivo com o Tricolor. Assim, precisará aguardar a sua regularização no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, que não sairá a tempo de liberá-lo para enfrentar o Belo Jardim. O supervisor de futebol coral, Marcelo Adelino, antecipou: “Para amanhã (hoje), não há tempo hábil”.
Com o trâmite impedindo a sequência do jovem atacante no time principal, a alternativa é Barbio. Jogador já vinha sendo testado, em recorrentes treinos, na função de referência ofensiva, apesar das deficiências demonstradas, desde que chegou ao clube, no fundamento das finalizações - cabe frisar que a especialidade dele é atuar caindo pelos lados no setor ofensivo.
Já a entrada de Roberto na vaga de Eduardo, de fato, era questão de tempo. Tanto que o próprio técnico tricolor, ao comentar sobre a escolha, resumiu da seguinte forma: “Essa substituição seria natural, até pelo que se vinha pondo em prática no fim da temporada passada e por questões de experiência”. Ele, no entanto, fez questão de deixar seus elogios ao futebol do garoto que vinha ocupando a posição. “Gostaria de parabenizar o Eduardo. Ele pegou missões dificílimas e foi aprovado nos testes”, ponderou o comandante coral.
A mudança de protagonista no corredor esquerdo, por sinal, merece uma observação: além de experiência - Roberto tem 26 anos, enquanto Eduardo tem 19 -, a posição ganha em ímpeto ofensivo, uma vez que a revelação tricolor tem, assumidamente, uma tendência defensiva como prioridade em seu estilo de jogo. E a mudança de característica vem bem a calhar diante do cenário que envolve pegar uma equipe teoricamente mais frágil do que os adversários já enfrentados e com a missão de impor volume de jogo sob os olhares da massa coral.
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