Esportes
Santa Cruz: quis demais, aproveitou de menos
Em ano cercado de expectativa, Santa Cruz desperdiça oportunidade de se afirmar no cenário nacional, assim como um dia aconteceu com seus rivais
O Santa Cruz terminou 2015 nos braços da torcida. Aquele clube, que amargou anos na Quarta Divisão, que viveu crises financeiras terríveis, estava retornando à Série A. Pela primeira vez após uma década, o time iniciava uma temporada enxergando um horizonte promissor. Mais receita, mais sócios, mais investimento, mais estrutura... mais, mais e mais. O advérbio de intensidade era o símbolo de uma instituição que acabara de retomar sua força no cenário nacional.
No início do primeiro semestre, o “bonde coral” saiu passando por cima de todos. Campeão pernambucano e do Nordeste. Mas os tricolores queriam mais: ficar entre dez primeiros do Brasileirão e fazer boa campanha na Copa Sul-Americana eram as metas. E passado três jogos, com a momentânea liderança no Nacional, houve quem cogitou a Libertadores. Nos últimos meses de 2016, entretanto, a Cobra Coral teve uma queda vertiginosa no seu futebol. Foi afetado por mudanças de técnico, clima ruim nos vestiários, críticas da torcida e acúmulo de dívidas. O Tricolor, aquele que queria “mais” em 2016, mostrou de menos. O bonde “desandou”.
O ex-presidente do clube e autor do livro “Santa Cruz de Corpo e Alma”, João Caixeiro acredita que, embora fatores externos tenham prejudicado o foco da equipe, foi o desempenho dentro dos gramados o maior culpado pela fraca campanha na Série A. “O clube contratou atletas que tinham feito bons trabalhos no passado, na esperança de que eles conseguiriam manter uma boa produção técnica. O problema é que eles não conseguiram dar uma resposta dentro de campo. Não acho que o time fez contratações infelizes. O que aconteceu é que o grupo não produziu o necessário”, apontou.
No início do primeiro semestre, o “bonde coral” saiu passando por cima de todos. Campeão pernambucano e do Nordeste. Mas os tricolores queriam mais: ficar entre dez primeiros do Brasileirão e fazer boa campanha na Copa Sul-Americana eram as metas. E passado três jogos, com a momentânea liderança no Nacional, houve quem cogitou a Libertadores. Nos últimos meses de 2016, entretanto, a Cobra Coral teve uma queda vertiginosa no seu futebol. Foi afetado por mudanças de técnico, clima ruim nos vestiários, críticas da torcida e acúmulo de dívidas. O Tricolor, aquele que queria “mais” em 2016, mostrou de menos. O bonde “desandou”.
O ex-presidente do clube e autor do livro “Santa Cruz de Corpo e Alma”, João Caixeiro acredita que, embora fatores externos tenham prejudicado o foco da equipe, foi o desempenho dentro dos gramados o maior culpado pela fraca campanha na Série A. “O clube contratou atletas que tinham feito bons trabalhos no passado, na esperança de que eles conseguiriam manter uma boa produção técnica. O problema é que eles não conseguiram dar uma resposta dentro de campo. Não acho que o time fez contratações infelizes. O que aconteceu é que o grupo não produziu o necessário”, apontou.
A torcida esperava mais do Santa. Mas o Santa mostrou que também esperava mais dos tricolores. O apoio nas arquibancadas foi aquém do esperado. Sem falar em outras duas frustrações. “Teve um momento em que o Santa estava na liderança, mas não aumentou número de sócios. Também queríamos uma maior receita, até de patrocínios. Mas isso não aconteceu” , lamentou o vice-presidente do clube, Constantino Júnior.
Recentemente, o clube passou por mais um problema: funcionários do Arruda fizeram greve após cinco meses de salários atrasados.
Recentemente, o clube passou por mais um problema: funcionários do Arruda fizeram greve após cinco meses de salários atrasados.
Exemplo dos rivais
Começar o ano esperançoso e terminar frustrado não é um sentimento exclusivo dos tricolores. Náutico e Sport também sabem como é a sensação de começar uma temporada almejando voos maiores e terminar lamentando um rebaixamento. O Timbu, em 2013, possuía o seu maior orçamento da história na Série A (aproximadamente R$ 45 milhões) e tinha como trunfo a parceria com a Arena de Pernambuco, onde mandaria seus jogos. Isso sem falar na empolgação ao disputar a Sul-Americana. A campanha no Nacional até hoje provoca calafrios nos alvirrubros. Com 20 pontos em 38 rodadas disputas, o Alvirrubro foi o pior representante pernambucano na história do Brasileiro de pontos corridos.
Se o Timbu estava empolgando em jogar a Sula, imagina o Sport que disputaria a Libertadores? Em 2009, após um 2008 vitorioso, coroado com o título da Copa do Brasil, o Leão iniciou o ano comemorando o título do Pernambucano. O sonho de chegar longe no torneio continental e no Brasileirão começou a ruir após a eliminação na Libertadores. A saída de Nelsinho Baptista somado a reforços que não renderam dentro de campo fizeram o Leão terminar na lanterna do torneio.
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