Santa faz integração, mas aproveita pouco a base em 2018
Santa Cruz aproxima base do profissional, mas os garotos praticamente não receberam chances no time de cima
Pelo quinto ano seguido, os jogadores da base do Santa Cruz foram pouco aproveitados nas partidas e nenhum teve o prestígio de ser titular absoluto na temporada 2018. Ao assumir a presidência, Constantino Júnior prometeu uma integração maior entre as divisões inferiores e o elenco profissional como um dos seus planos de gestão. De fato, houve uma aproximação conforme foi planejado, mas os garotos praticamente não receberam chances e apareceram timidamente. Vale lembrar que uma das saídas para amenizar a crise financeira no Arruda era utilizar os jovens com frequência.
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O Santa iniciou a pré-temporada deste ano, em Aldeia, com 14 atletas da base: goleiros Lucas Silva e Matheus Cotrim, lateral-direito Ítalo, lateral-esquerdo Weslley Alcântara, zagueiros Eduardo Brito, Lucão, Júnior e Ravel, volantes Lucas Gomes e João Victor, meias Jeremias e Willams Luz, atacantes Anderson e Pequeno (Walisson). Da lista, metade atuou pelo profissional: Ítalo (quatro vezes), Weslley Alcântara (um jogo), Eduardo Brito (oito jogos), Lucas Gomes (três partidas), Jeremias (17 participações e três gols), Willams Luz (entrou em campo uma vez) e Anderson (três exibições).
O zagueiro Eduardo Brito e o meia Jeremias foram os que mais jogaram, mas ambos já estavam integrados ao elenco principal desde 2017. Durante a temporada, o Tricolor emprestou alguns garotos - Weslley Alcântara (Campinense/PB), Lucas Gomes (Belo Jardim), João Victor (Rio Verde/GO) e Anderson (Desportiva Guarabira/PB) -, que retornaram ao clube para a disputa do inédito Campeonato Brasileiro de Aspirantes (Sub-23).
Com o limite de 35 inscrições para o Campeonato Brasileiro da Série C, apenas o goleiro Lucas Silva, o lateral-esquerdo Eduardo Brito e o meia Jeremias ficaram aptos para a competição. Os dois últimos atuaram em partidas do campeonato. Com a garotada “esquecida”, o clube contratou um caminhão de reforços: 39 no total.
A presença de jovens promessas na Cobra Coral tornou-se uma marca do Santa Cruz nos anos de recuperação no cenário nacional do futebol. Em 2011, 2012 e 2013, por exemplo, a meninada - Éverton Sena, Memo, Renatinho, Natan e Gilberto - foi trunfo nas conquistas, sendo considerada como a melhor safra do passado recente. De lá pra cá, os garotos da base ganharam pouco espaço. As exceções foram o lateral-direito Nininho (2013 e 2015), o volante Wellington Cézar (2015-2017), os meias Raniel (2014-2016) e Marcílio (2014-2017) e o atacante André Luís (2017).
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