Esportes

Semana sobre a reforma do estatuto é decisiva para o Santa

Discussão sobre os pontos da reforma do estatuto no Conselho Deliberativo tem os dias 17, 18 e 18 para ser concluída; torcedores foram surpreendidos com documento protocolado e assinado por dirigentes

Torcida do Santa Cruz participa da reformulação do EstatutoTorcida do Santa Cruz participa da reformulação do Estatuto - Foto: Paullo Allmeida/FolhaPE

Em 105 anos, um passo que pode mudar a história do Santa Cruz. Depois de quase dois meses em discussão, a reforma do estatuto do Santa será votada pelo Conselho Deliberativo do clube nesta terça-feira (17), a partir das 18h, no Anfiteatro Aristófanes de Andrade, no Arruda. Esta será a primeira reunião, que pode ser estendida para mais dois dias de convocatória, nos dias 18 e 19, caso necessário. A tendência é que, inicialmente, os pontos convergentes do novo estatuto sejam colocados como prioridade e votados primeiro. Depois disso, novo estatuto será votado em assembleia geral de sócios.

Nesta nova fase, o Conselho Deliberativo pode manter, excluir ou acrescentar pontos da proposta de reforma. De acordo com o presidente da reforma do estatuto, Mário Godoy, a votação pode ser finalizada nesta quarta-feira (18). "A gente já marcou três dias seguidos para não ter perigo de não dar tempo, mas não significa que os três serão utilizados, pode ser que termine no segundo dia", disse.

Na minuta de 29 páginas, pontos convergentes e divergentes devem ditar o ritmo e os rumos da reunião a partir desta terça. Dos pontos que, aparentemente, apresentam maior convergência estão: direito de voto a todas as categorias de sócios; a proposta de que 30% dos atletas formados na base do clube sejam inseridos no elenco principal, e, caso um prata da casa seja vendido, 30% do valor da negociação deve ser reinvestido nas categorias. Além disso, descadastramento de sócios com mais de 12 meses de inadimplência deve ser um consenso.

Já entre alguns pontos que ainda geram polêmica, bem como divergências no clube, está a proposta de reduzir de 500 para 200 o número de conselheiros do Conselho Deliberativo, sendo 100 eleitos e 100 beneméritos. A proposta que prevê a proibição da antecipação de receitas em anos eleitorais também é outro ponto que deve reservar uma atenção maior na reunião, assim como a sugestão que defende a transformação da comissão patrimonial em diretoria da patrimonial subordinada ao executivo.

"A ideia é enxugar a estrutura da gestão do Santa Cruz. Enxugar essa estrutura administrativa para o presidente (do executivo) ter mais liberdade de gestão e, ao mesmo tempo, aumentar a estrutura de órgãos de fiscalização e controle, que é justamente a governança corporativa", completou o presidente da reforma do estatuto, que ainda parabenizou a mobilização e interesse da torcida em ver o novo estatuto aprovado.

"A torcida tá sabendo reconhecer esse momento importante de reconstrução do clube. De que o conselho abriu suas portas e ouviu a torcida. Então, não é coincidência que as maiores torcidas organizadas e movimentos do Santa Cruz estão demonstrando apoio e se sentindo representados nessa proposta. E a gente espera que a torcida seja não só escutada, como atendida", finalizou.

Documento protocolado
Apesar da mobilização, a torcida Tricolor foi surpreendida ainda na segunda, quando um documento protocolado com as assinaturas de um grupo de dirigentes do Santa foi direcionado ao Conselho Deliberativo, requisitando que os três dias de reunião conte, exclusivamente, com a presença de conselheiros eleitos, beneméritos e natos. Com o pedido, nem os conselheiros suplentes nem os colaboradores poderiam participar da discussão, assim como, os torcedores.

"Existe um consenso entre a torcida quanto a aprovação do estatuto, na comissão, no Intervenção Popular Coral, as torcidas organizadas. Mas existe uma corrente dentro do clube que vem atuando forte para que isso não aconteça. Então, nas reuniões que vão acontecer nesta semana o que deveria ser algo praticamente protocolar, vai ser uma verdadeira batalha", afirmou um dos líderes do Movimento Intervenção Popular, Johnny Guimarães.

Na segunda, a reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com o presidente do Conselho Deliberativo, Alírio Moraes, para saber se as reuniões terão acesso ou não da torcida, mas não teve as ligações retornadas até a publicação deste texto.

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