Sob nova direção, F1 gasta mais e equipes recebem menos
No primeiro ano da administração da Liberty Media, as equipes receberam US$ 47 milhões a menos do que em 2016
No primeiro ano da administração da Liberty Media na Fórmula 1, as equipes receberam US$ 47 milhões a menos do que receberam em 2016. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelos próprios novos detentores dos direitos da categoria.
Em balanço financeiro apresentado pela Liberty referente ao quarto trimestre de 2017, as equipes da Fórmula 1 receberam, juntas, US$ 919 milhões. No mesmo período de 2016, o valor arrecado pelos times -então com Bernie Ecclestone à frente da Formula One Management- foi de US$ 966 milhões.
O lucro líquido da Fórmula 1 na temporada 2017 também caiu, de US$ 1,796 milhão para US$ 1,784 milhão. O motivo seria o calendário da categoria - além de ter uma corrida a menos do que teve em 2016 (20, contra 21), a F-1 também aceitou o pagamento de um acordo menor para realizar o Grande Prêmio do Brasil a partir de 2017.
Em nota, a Liberty afirma que "os custos da Fórmula 1 aumentaram principalmente por conta do que foi pago no engajamento dos fãs". Além disso, a entidade credita os valores a investimentos em imagens e em logística.
O próprio diretor-executivo da Liberty Media, Chase Carey, deixou claro nesta sexta que os custos devem continuar crescendo em relação aos da época de Ecclestone. Em especial, o dirigente destacou os investimentos da categoria em uma nova sede, em Londres.
"Temos hoje cerca de 120 funcionários, e esperamos contar com 150 na segunda metade de 2018", explicou, que prevê um aumento de gastos na casa de US$ 50 milhões no ano -excluindo, segundo ele, "o marketing e as despesas ligadas a novas iniciativas".