Futebol

STJD absolve técnico que chamou Walter de 'gordo' e adverte atacante por tentar agressão

Jorginho foi enquadrado no artigo 258 do CBJD, que coíbe "conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva"

Walter foi contratado em julho, para a reta final da Série CWalter foi contratado em julho, para a reta final da Série C - Foto: João Victor Menezes/Agência Botafogo

O atacante Walter, ex-Fluminense e hoje no Botafogo-SP, foi advertido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por ter tentado agredir o técnico do Figueirense, Jorginho, após ser chamado de "gordo" durante jogo da Série C disputado em setembro.

O treinador também foi denunciado pelas ofensas proferidas no estádio Santa Cruz, em partida válida pela primeira fase da competição, mas acabou absolvido pelo tribunal. A decisão de primeira instância foi proferida nesta quarta-feira (20), e cabe recurso.

A confusão aconteceu aos 30 minutos do segundo tempo do jogo, vencido por 2 a 1 pelo Figueirense. Na ocasião, Jorginho, ex-Portuguesa, e Argel Fuchs, então treinador botafoguense, começaram a bater boca. Walter entrou na discussão e foi ofendido. "Vai emagrecer, Walter, você está gordo", disse o técnico rival.

Em seguida, o jogador partiu para cima de Jorginho. A dupla foi expulsa pelo árbitro Ivan da Silva Guimarães Junior.

Ainda no dia do ocorrido, Jorginho aproveitou a entrevista coletiva pós-jogo para se desculpar com o atacante: "Venho a público pedir desculpa ao Walter, fui indelicado com ele. Nem tenho mais idade para isso. Peço desculpa a ele e aos seus familiares".

Jorginho foi enquadrado no artigo 258 do CBJD, que coíbe "conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva". Walter respondeu por tentativa de agressão física, prevista no artigo 254-A combinado com o artigo 157, ambos do CBJD.

O relator Cláudio Diniz não considerou as palavras proferidas pelo técnico ofensas passíveis de punição disciplinar e o absolveu, mas puniu Walter com uma partida de suspensão convertida em advertência com a desclassificação para o artigo 250 do CBJD, que cita "ato desleal ou hostil".

Os auditores Éric Chiarello, Rodrigo Raposo e Bruno Tavares acompanharam o relator. Ficou vencido o presidente Luís Felipe Procópio, pois divergiu em relação ao técnico ao aplicar uma partida a Jorginho por considerar ofensivas e direcionadas as palavras ditas por ele.

"As palavras ditas tiveram, sim, caráter desrespeitoso. Ele o fez e utilizou as palavras no intuito de agredir o Walter, porque sabe que é o calcanhar de Aquiles do denunciado, o qual ele fez em forma de desrespeito, mesmo que as palavras sejam, à primeira vista, bestas, até pela reação do denunciado, são palavras que o agridem, então vou punir em uma partida", disse Procópio, presidente da Comissão Disciplinar do STJD, em seu voto.

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