Boxe

Única treinadora de boxe em todo o Pan Júnior ajuda Brasil a conquistar quatro medalhas em Cali

Suelen Souza, de 32 anos, foi eleita a melhor treinadora do Campeonato Brasileiro de boxe em 2019 e 2020

Suelen SouzaSuelen Souza - Foto: William Lucas /COB

O boxe brasileiro teve um grande desempenho nos Jogos Pan-americanos Júnior Cali 2021: quatro medalhas, sendo três pratas e um bronze. Um dos motivos é a capacidade dos treinadores.  Na Colômbia, a delegação foi comandada pela dupla Amônio Silva, que esteve nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, e Suelen Souza, primeira treinadora da história da seleção brasileira de boxe e única mulher, dentre todos os países participantes do Pan Júnior, no comando técnico de uma equipe da modalidade. 

“Trabalho com boxe há 14 anos. Fui atleta, professora, técnica na base e coordenei um projeto na minha cidade, São José dos Campos (SP), o Atleta Cidadão”, explicou Suelen, 32, que foi eleita melhor treinadora do Campeonato Brasileiro em 2019 e 2020, nas categorias cadete e elite feminina, respectivamente. 

“Tenho muito orgulho de dizer que cheguei à seleção não por ser mulher, mas pelos resultados que tive. Fico muito feliz por ser uma representante feminina dentro da seleção e mais feliz ainda de ver que tenho capacidade de trabalhar ali independentemente do meu gênero.” 

Desde maio, Suelen vinha trabalhando na preparação de jovens pugilistas para a disputa do Pan Júnior, em Cali. “Em termos de desempenho, fizemos um campeonato muito bom. Repetimos as quatro medalhas conquistadas no México (seletiva para Cali), mas conseguimos um bronze no feminino, o que não tivemos lá. E, se por um lado nossos dois finalistas no México não chegaram na decisão aqui, alcançamos três finais, mostrando que o grupo cresceu”, disse a treinadora, referindo-se aos vice-campeões Pablo Capistrano (57kg), Hebert Soares (63kg) e Ricardo Cândido (81kg) e a terceira colocada Samara Santos (69kg)

Apesar de ter sido campeã nacional como atleta em 2010, Suelen nunca teve ambição de se tornar uma pugilista da seleção brasileira. Seu maior objetivo sempre foi ser treinadora e, nesse sentido, a carreira de atleta foi determinante para entender melhor todos os processos. Após concluir a faculdade, viu seu projeto crescer e a nova carreira se consolidar. Hoje, tem plena consciência de sua importância para o desenvolvimento da modalidade, sobretudo junto às mulheres. 

“O boxe levou mais de 100 anos para ser representado por mulheres em Jogos Olímpicos. Vivemos atualmente para preencher essa lacuna, causada por esse longo tempo de ausência, onde o feminino sempre ficava para trás. Isso se reflete na quantidade de mulheres competindo e também do lado de fora. Mas estamos quebrando barreiras a nível mundial, e o Brasil é um dos líderes desse processo”.

Em Cali, o Time Brasil conta com 11 treinadoras em diferentes modalidades. Além de Suelen, integram a delegação Beatriz Vergutz (canoagem velocidade), Brenda Aguiar (wrestling), Gianetti Sena Bonfim (atletismo), Iryna Ilyashenko (ginástica artística), Juliana Coradine (ginástica rítmica), Maria Aparecida de Lima (atletismo), Marsele Mazzoleni (atletismo), Natália Homero (nado artístico), Nathália Esteves (nado artístico) e Solange Paludo (ginástica rítmica). 

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