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[Vídeo] Tricolores relatam cenas de desespero na Ilha

Tricolores criticaram a truculência da polícia e a falta de estrutura da Ilha do Retiro para comportar a torcida visitante

Torcedores feridos no gramado da Ilha do RetiroTorcedores feridos no gramado da Ilha do Retiro - Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

O último Clássico das Multidões, disputado entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, na noite da quarta-feira passada (7), não vai ficar lembrado pelo empate de 1x1. O que marcou o duelo foi a confusão ocorrida na área reservada à torcida da Cobra Coral e a Polícia Militar, que acabou com muitos feridos sendo atendidos na beira do campo. Tricolores relataram as cenas de desespero vividas na partida. Embora a Polícia tenha assegurado que não houve excesso, a opinião da torcida é unânime: para eles, faltou preparo da polícia e estrutura na Ilha do Retiro.

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"A confusão aconteceu na hora do gol do empate (do Santa Cruz), a torcida começou a cantar e uma pessoa acendeu um sinalizador em cima. Quando olhei para cima só vi o sinalizador. Só que ao invés de pedir para parar, a polícia já chegou dando tapa, soltando spray de pimenta, aí abriu-se um clarão no meio da torcida. Todo mundo querendo correr, e virou uma avalanche, com as pessoas imprensando as pessoas espremendo as outras na grade", contou o tricolor Wagner Santos, de 26 anos.

"Desci para perto do gramado e fui pedir aos PMs para abrir o portão, para atender, só que eles acharam que queria invadir, começaram a dar 'lapada' e os torcedores falavam: 'tem gente sendo espremida'. Um menino estava passando mal, ele tinha asma, e me pedia ajuda para ser atendido no gramado. Foi horrível", acrescentou.

Vídeo mostra confusão na Ilha do Retiro:



Segundo o torcedor, o tumulto era, de certa forma, previsto, pois já houve desorganização desde a entrada dos visitantes na Ilha do Retiro. "Era tudo muito apertado, fizeram uma fila indiana, o que não existe, com essa multidão. E depois eram três catracas para, sei lá, quatro mil pessoas. E aí a multidão começou a pular. Eu até sugeri a opção de liberar as catracas, só que me responderam com grosseria", reclamou.

"Todos os jogos na Ilha são assim, com esse espaço curto para a torcida do Santa, poucas catracas. Faltou muita preparação, organização da polícia, como sempre, e do clube mandante também, porque no Arruda, torcedor do Sport entra sem essa confusão toda", avalia. Confira o pronunciamento da Federação Pernambucana de Futebol e veja o que diz a súmula do jogo.

A torcedora Adrielle Medeiros, 22 anos, também teve uma experiência traumática. Ela afirma que não irá mais a clássicos na Ilha do Retiro. "No começo tava tudo certo. Eu entrei cedo, aí não peguei o tumulto, que só aconteceu em cima da hora do jogo. Tava tudo tranquilo, até a hora do sinalizador. Aí a polícia veio para cima, empurrando todo mundo, criança, mulher, abrindo um buraco no meio da torcida, o que eu achei desnecessário", relatou. 

"Muita gente se machucou, desceram para pedir ajuda na frente, às ambulâncias. A PM achou que a gente queria invadir, mas a gente não queria, só pedir ajuda. Aí eles jogaram logo spray de pimenta na torcida. Eu senti lá de cima, imagine quem estava lá embaixo. E também pegou em criança, em quem tava passando mal, todos levando spray na cara", descreveu.

"Ali não tem estrutura para receber essa quantidade de torcedores. Não tem saída de emergência, o acesso da torcida visitante é ruim. É uma saída só para todo mundo. Já teve gente querendo ir embora na hora da confusão. Quem esteve com criança, foi logo. Foi a primeira vez que fui a um clássico na Ilha. A primeira e a última", garantiu. 

"É uma desorganização de todas as partes. Da polícia militar, da Ilha do Retiro. Era preciso ter uma vistoria antes. Se for muito, só caberia umas mil pessoas ali naquele espaço que deixaram para a gente. Tem que melhorar", opina.

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