Zé Roberto Guimarães seguirá como técnico da seleção brasileira feminina de vôlei até Tóquio-2020
Anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (23), pela CBV, através de coletiva de imprensa
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou nesta sexta-feira (23) a permanência do técnico José Roberto Guimarães, de 62 anos, no comando da seleção feminina de vôlei. Nesta manhã, o técnico concedeu uma coletiva na sede da confederação para ratificar que segue treinando a seleção.
Segundo o CEO (principal executivo) da entidade, Ricardo Trade, Zé Roberto comandará a seleção feminina até 2020, ano da Olimpíada de Tóquio. Para Trade, a renovação com o técnico é uma vitória para o vôlei brasileiro. "Demos o Zé de presente para o povo brasileiro. Sobre o masculino, não há novidades. Deixamos para o Bernardo, claro que queremos a permanência dele. Tanto ele quanto o Zé eram nossas vontades. Nunca houve dúvida alguma. Estamos respeitando o tempo pedido por ele para decidir", afirmou o CEO. "Eu não me via fora da confederação e do vôlei. Está tudo caminhando bem. Acho que temos um novo ciclo promissor", afirmou o treinador.
Técnico da seleção feminina desde 2003, Zé Roberto foi campeão olímpico em Pequim-2008 e Londres-2012. É o único brasileiro com três ouros em Jogos (como comandante do time masculino, havia conquistado Barcelona-1992). Na Rio-2016, contudo, a seleção feminina foi eliminada pela China e parou nas quartas de final. Com a renovação de contrato, além de recuperar o bom rendimento de ciclos anteriores, Zé Roberto terá missão de formar um novo grupo - alguns dos alicerces da geração que disputou os Jogos deste ano, como a central Fabiana e a oposto Sheilla, já disseram que não seguirão na equipe nacional. Esta eliminação, aliás, serviu de motivação para o treinador aceitar o convite para seguir por mais quatro anos.
"Ficou um sentimento de não ter cumprido a missão. Não era o momento de sair e abandonar. Era o momento de seguir", disse. "O Brasil tem que se manter entre os melhores do mundo", complementou ele. "Os objetivos são claros. O mais importante é permanecer entre as melhores seleções. Ganhar e perder faz parte da trajetória, assim como para os outros times. Mas o mais importante é se manter entre os melhores. Começamos o ano com o Grand Prix, onde podemos jogar contra as melhores, depois Copa dos Campeões, Sul-Americano, que é classificatório para o Mundial, em que batemos três vezes na trave", frisou. O ex-técnico da seleção masculina Radamés Lattari assume o cargo de diretor de vôlei de quadra no lugar de Renan Dal Zotto, que deixa a CBV por razões pessoais.