Premier polonês diz que irá deportar migrantes que violarem a lei no país
Donald Tusk disse que não aceitará mais 'fardos' da União Europeia
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse que seu governo elaborará planos para deportar imigrantes que violarem a lei no país, e reiterou críticas ao esquema de realocação de imigrantes da União Europeia (UE), durante uma coletiva de imprensa na cidade portuária de Gdansk ao lado da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta sexta-feira. A Polônia está a poucos meses de uma eleição presidencial.
Rússia critica acusação polonesa sobre Moscou fazer 'terror aéreo' contra companhias de aviação: sem fundamento'
Musk diz que a Alemanha tem 'muito foco na culpa do passado' e intensifica apoio à extrema direita antes das eleições
— Qualquer um que seja hospedado na Polônia, se aproveite de nossa hospitalidade e viole a lei de maneira violenta será deportado da Polônia — disse Tusk a repórteres.
Ele acrescentou que o governo estava trabalhando em um "plano para uma resposta imediata ao crime organizado e a crimes violentos cometidos por estrangeiros".
Tusk disse também que um esboço do plano, que está sendo elaborado pelos ministérios da Justiça e do Interior polonês, será apresentado nos próximos dias.
O premier da Polônia, cujo campo centrista enfrenta uma ameaça eleitoral dos nacionalistas na eleição presidencial de maio, prometeu nos últimos meses suspender parcialmente os direitos de asilo e apoiou a redução dos benefícios para os refugiados ucranianos.
"Fardo"
Nesta sexta-feira, ele também disse que a Polônia não aceitaria nenhum "fardo" relacionado ao esquema de realocação de migrantes da UE.
No ano passado, a UE adotou uma grande revisão das regras de asilo, que exigiria que os Estados-membros recebessem milhares de requerentes de asilo de países da "linha de frente", como Itália e Grécia.
Outra alternativa, seria o fornecimento de dinheiro ou outros recursos para nações sob pressão.
— Se alguém na Europa disser que a Polônia deve assumir ainda mais fardos, não importa quem seja, direi a eles que a Polônia não cumprirá isso. O fim — disse Tusk.
O premier ressalta que a Polônia já "abriu suas fronteiras e corações para dois milhões de refugiados da Ucrânia" após a invasão russa e estava enfrentando migração ilegal através de sua fronteira com a Bielorrússia.
Estados da Europa Oriental acusaram a Rússia e sua aliada Bielorrússia de empurrar milhares de migrantes para além de suas fronteiras nos últimos anos como parte de uma campanha para desestabilizar a Europa.