Meio Ambiente

Carnaval sustentável: Veja dicas para aproveitar a festa com responsabilidade ambiental

A Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE) destaca as principais ações para curtir o período carnavalesco sem causar impactos ao meio ambiente

Glitter biodegradável é opção de consumo sustentável para o Carnaval - Jose Britto / Folha de Pernambuco

No Carnaval de 2025  é necessário tomar cuidado com o meio ambiente. Desde a escolha da decoração até a produção de fantasias e maquiagens, práticas ecológicas podem reduzir o impacto ambiental da festa.

Como essa celebração gera uma grande quantidade de resíduos, principalmente de embalagens e materiais descartáveis, adotar medidas responsáveis ajuda a minimizar os impactos negativos durante todo o evento. 

Práticas sustentáveis 

As práticas sustentáveis que os foliões devem ter já começam no deslocamento aos locais dos blocos e agremiações.

A principal recomendação é que os festeiros optem, sempre que possível, pelo transporte público e coletivo. Essa prática ajuda a diminuir os gases do efeito estufa lançados na atmosfera, já que, com um maior contingente de pessoas se deslocando em veículos grandes e coletivos (ônibus ou metrô), o uso de carros particulares e motocicletas é reduzido.

Além do impacto ambiental, essa escolha ainda ajuda a diminuir o fluxo de veículos e os congestionamentos próximos aos pontos de maior aglomeração.

Gerente técnica de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE), Monaliza Andrade, também sugere boas práticas para reduzir o impacto ambiental causado por resíduos sólidos durante o carnaval.

"O ideal é que os foliões utilizem garrafas próprias ou copos ecológicos reutilizáveis para as bebidas, evitando garrafas e copos descartáveis de plástico. Quando inevitável o consumo de bebidas nos recipientes em que são vendidos, que os foliões optem por latas, pois elas são 100% recicláveis e têm maior valor comercial para os catadores de materiais recicláveis", iniciou Monaliza.

"Assim, o folião contribui para preservação do meio ambiente e incentiva a economia circular. Outra dica importante é que o folião opte, na hora de confeccionar a fantasia, por materiais leves e recicláveis, reaproveitando roupas e abadás completos", completou.

Para aproveitar a festa, é recomendada a utilização do bioglitter, um tipo de glitter que utiliza um material biodegradável na sua composição, sendo ambientalmente mais correto do que o glitter convencional, que carrega plástico e alumínio e pode levar centenas de anos para se decompor.

Feito à base de mica, o bioglitter leva, em média, apenas 24 dias para se decompor por completo na natureza. Outra alternativa é a produção de confetes sustentáveis, utilizando folhas de árvores, verdes ou secas, em vez de papel.

Na hora do descarte de resíduos como latinhas de alumínio, o folião deve se atentar ao trabalho dos catadores, responsáveis por coletar os resíduos e destiná-los a locais que vão reinserir esses materiais na cadeia produtiva.

É de extrema importância que os foliões procurem o catador mais próximo e jamais descartem os resíduos em locais inadequados, como calçadas, ruas ou canais.

Além do impacto ambiental, a atividade dos catadores ajuda a movimentar a economia, pois gera emprego e renda a esses trabalhadores.

“Durante a semana do Carnaval, a geração de embalagens em decorrência do consumo de produtos aumenta significativamente. Sabemos que parte desses resíduos tem um grande valor econômico e social e poderia ser reciclado ou reutilizado se descartado de maneira correta, por meio do retorno deste material ao ciclo produtivo, promovendo a sustentabilidade e a economia circular. Daí a importância da conscientização ambiental da população para colocar em prática ações simples que têm um grande impacto no meio em que vivemos”, concluiu Monaliza.