Procon interdita mais uma atração no Acquaventura após relatos de acidentes
Desta vez, o brinquedo Canoa Muxima foi interditado; é a segunda atração paralisada no parque em menos de uma semana
O Procon Pernambuco confirmou, nesta quarta-feira (7), a interdição de mais uma atração no parque aquático Acquaventura, localizado na Praia dos Carneiros, em Tamandaré.
Desta vez, o brinquedo Canoa Muxima foi o alvo da medida preventiva, após uma série de relatos de acidentes envolvendo frequentadores do parque.
A interdição ocorre apenas dois dias após a suspensão do funcionamento da montanha-russa aquática, também por determinação do órgão de defesa do consumidor.
A nova medida foi tomada em meio ao aumento de denúncias de falhas de segurança nas atrações do parque, inaugurado há menos de duas semanas.
Entre os casos mais recentes, está o da servidora pública Maryana Samara, que fraturou a clavícula após um acidente no Canoa Muxima.
O episódio foi registrado no último sábado (3) e, segundo relatos, outros visitantes também teriam se machucado na mesma atração, em um curto intervalo de tempo.
De acordo com o noivo da vítima, Lucas Alves, o acidente aconteceu logo na primeira descida no brinquedo, quando a boia virou abruptamente, projetando Maryana contra a estrutura do toboágua. Ela precisou passar por cirurgia, realizada nesta segunda-feira (6), no Hospital Dom Helder Câmara.
O Procon-PE confirmou à reportagem a interdição do brinquedo, mas ainda não detalhou quais falhas técnicas foram identificadas.
Com isso, a Canoa Muxima se junta à montanha-russa aquática entre as atrações que estão temporariamente fora de operação no Acquaventura.
Acidentes em parque aquático
O parque, que segue sendo alvo de investigações por parte do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi acionado pela reportagem para comentar a nova interdição, mas até a publicação desta matéria, não respondeu aos contatos.
Desde a inauguração, no dia 25 de abril, ao menos seis pessoas relataram acidentes em brinquedos do Acquaventura, incluindo quedas, fraturas e traumas.
Diante da repercussão, o MPPE requisitou à Polícia Civil a instauração de inquérito para apurar possíveis responsabilidades criminais.
Já o Procon, em conjunto com o CREA-PE, vem realizando vistorias técnicas no parque.
O caso mais emblemático até o momento é o da professora Jaqueline do Nascimento, que sofreu diversos ferimentos no rosto após acidente na montanha-russa.
Ela registrou boletim de ocorrência e também acionou o MPPE para que seja instaurado um inquérito investigativo sobre as condições de funcionamento do parque.