Fila do INSS chega a 2,67 milhões de pedidos à espera de resposta
A maior parte dos pedidos é de auxílio-doença e o tempo médio de espera é de quase dois meses
A fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já soma 2.678.584 pedidos de benefício ainda sem resposta. Os dados são do boletim Transparência Previdenciária, divulgado sexta-feira pelo Ministério da Previdência com informações atualizadas até abril deste ano.
O último mês que o INSS havia divulgado informações foi com relação a dezembro, em que a fila chegou a 2,04 milhões de requerimentos. Depois atualizou os dados referentes a janeiro, fevereiro, março e abril de 2025.
Em março deste ano, a fila era ainda maior: 2.7 milhões à espera de análise. Foi o maior do governo Lula.
Dados de abril
Mesmo com mais de 1 milhão de processos concluídos no mês passado, o número de pessoas aguardando análise segue alto. Estão nessa fila tanto os pedidos ainda não analisados quanto os que precisam de documentos extras dos segurados.
A maior parte da fila é constituída por quem pediu o auxílio por incapacidade temporária, também conhecido como auxílio-doença. Também há muitos pedidos de aposentadoria, pensão por morte, salário-maternidade e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
De acordo com as informações divulgadas, o tempo médio de espera para conseguir uma resposta do INSS é de 52 dias — isso sem contar o tempo em que o processo ficou parado por falta de documentos.
Em abril, o INSS liberou 431 mil benefícios. Mais da metade foi de auxílio-doença. As aposentadorias representaram cerca de 17% dos benefícios aprovados.
Por outro lado, 262 mil pedidos foram negados. As principais razões para a negativa foram: não comprovar incapacidade na perícia médica, renda familiar acima do limite para receber o BPC e tempo de contribuição insuficiente para aposentadoria.