Rede varejista britânica sofre ataque cibernético com prejuízo de R$ 2,2 bi

Ataque forçou a companhia a suspender as vendas online e os pagamentos por aproximação

A varejista britânica de supermercados Marks & Spencer estimou nesta quarta-feira, durante a apresentação de seus resultados, em 300 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2,28 bilhões) o impacto do ciberataque que sofre há várias semanas.

“Nossa estimativa atual, antes da aplicação de medidas de mitigação, prevê um impacto de aproximadamente 300 milhões de libras (R$ 2,28 bilhões) no resultado operacional do grupo para o exercício de 2025/26, o qual será reduzido graças a uma gestão rigorosa dos custos, seguros e outras ações comerciais”, afirmou a empresa em um comunicado.

As perturbações relacionadas ao ataque, que forçaram a companhia a suspender as vendas online e os pagamentos por aproximação, continuarão até julho, antecipa a M&S.

“As vendas de alimentos foram afetadas pela menor disponibilidade de produtos, embora a situação esteja melhorando”, e “nos setores de moda, casa e beleza, as vendas online e o resultado operacional foram fortemente impactados” pela suspensão temporária das compras pela internet, acrescenta a empresa.

A rede revelou em meados de maio que determinados dados pessoais de seus clientes foram roubados nesse ciberataque, que começou em meados de abril, embora os dados de pagamento e as senhas das contas não tenham sido afetados.

Além da M&S, a rede Co-op também foi vítima de um ataque semelhante, assim como os renomados armazéns londrinos Harrods, que foram obrigados a restringir o acesso à internet de seus sites no início do mês.

Por outro lado, a M&S apresentou um lucro líquido anual em queda de quase um terço, alcançando 295,7 milhões de libras (cerca de R$ 2,25 bilhões), frente aos 431,2 milhões de libras (R$ 3,28 bilhões) do ano passado.

Segundo a rede, esse resultado não inclui o impacto do ciberataque, acrescentando que o lucro operacional alcançou 984,5 milhões de libras (R$ 7,48 bilhões).