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Alice Wegmann é a convidada do 'Conversa vai, conversa vem' desta quarta (18), 18h

Em entrevista a Maria Fortuna, atriz conta que gostaria de tomar um café com Lídia Brondi, intérprete de Solange Duprat na versão original de "Vale tudo"

Alice Wegmann ns gravações de "Conversa vai, conversa vem" - Repordução/Instagram

Alice Wegmann é a convidada do videocast “ Conversa vai, conversa vem” desta quarta-feira (18), a partir das 18h, no canal do GLOBO no YouTube e nas redes sociais do jornal. A atriz revela, em entrevista à jornalista Maria Fortuna, que gostaria de "tomar um café" com Lídia Brondi, intérprete de Solange Duprat na versão original de 'Vale tudo'.

"Ela deve ser super agradável de conversar e adoraria ouvir as histórias de antigamente, de como foi pra ela gravar a novela. Mas não quis ser invasiva, não sei o quanto ela quer olhar pra trás. Uma atriz maravilhosa, que deu vida brilhantemente à Solange, com carisma inacreditável" define.

A atriz também diz que a "resistência" da chérie, cujas posições políticas parecem alinhadas à esquerda, é 'a voz de um tempo'.

"Vejo muitas jovens se posicionando como ela. A história de ter sido black block, aquele ímpeto de 'o mundo não tá legal, é preciso fazer alguma coisa'. É firme nas escolha e valores. Olha Odete (Roitman, vivida por Debora Bloch) com respeito porque trabalha com gente e não chega julgando. Mas quando a vê sendo preconceituosa e destratando pessoas é: 'Opa, peraí, essa madame não vai se criar aqui, não. Não é porque é bilionária que vai passar por cima de todo mundo". Esse o mundo que a Solange acredita, e ela fala isso com clareza."

O comportamento tóxico travestido de "gente boa" por parte de Afonso ( Humberto Carrão) foi outro assunto.

"O Afonso do passado gritava muito com a Solange, a gente via mais claramente esse lugar, que hoje é um pouco mais velado, fica na sonsice. Quando a gente faz uma obra aberta, sabe que tudo pode acontecer. A gente lê, vê a cena sendo feita, mas quando olhamos no ar, sentimos junto com o público. A traição com a Maria de Fátima, o comportamento dele enquanto Solange estava em Madri.... Eu olhava para o Humberto e falava: 'Sai, não quero falar com você, hoje estou muito chateada'. A gente brinca, assim. Defendo a minha personagem. Tem essa coisa de: 'Não acredito que ele traiu ela com a Maria de Fátima?'. Acho também que a novela está falando de um casal que não se comunica direito. Vejo a minha geração assim. É um debate: 'Como estamos nos relacionando hoje em dia?'."

Na entrevista, Alice ainda revê a trajetória de 18 anos como atriz, e fala das consequências de personagens intensas, envoltas em tramas sensíveis, que marcam a sua carreira. Uma entrega que lhe rendeu muito aprendizado, mas também um burnout e uma depressão que ela precisou tratar na terapia.