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Cooperação do Irã com AIEA sobre programa nuclear é 'obrigação', diz seu diretor-geral

A declaração chega no momento em que não há informações sobre o paradeiro ou a possível destruição de aproximadamente 400 kg de urânio altamente enriquecido por causa dos ataques israelenses

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi - Julien De Rosa / AFP

A cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o seu programa nuclear é "uma obrigação", afirmou, nesta quarta-feira (25), o diretor-geral da organização, o diplomata argentino Rafael Grossi, depois que o Parlamento iraniano votou pela suspensão da cooperação.

"A cooperação do Irã conosco não é um favor, é uma obrigação jurídica, enquanto o Irã continuar sendo signatário do Tratado de Não Proliferação [TNP]", disse Grossi à emissora de televisão France 2.

Essa declaração chega no momento em que não há informações sobre o paradeiro ou a possível destruição de aproximadamente 400 kg de urânio altamente enriquecido por causa dos ataques israelenses.

"A AIEA perdeu visibilidade sobre esses materiais desde que as hostilidades começaram", acrescentou, mas disse que "não quer dar a impressão de que está perdido ou escondido", detalhou.

Grossi foi perguntado sobre as declarações do presidente americano Donald Trump, que afirmou que o programa nuclear iraniano retrocedeu várias "décadas" pelos bombardeios de seu país.

O argentino respondeu que não tem muita confiança "nesta visão cronológica sobre as armas de destruição em massa". "Imagino que é uma avaliação política", concluiu.