Armamento

Dinamarca comprará armas de longo alcance pela 1ª vez devido à ameaça russa

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou em entrevista coletiva que a medida representa "uma mudança de paradigma na política de defesa" do país nórdico

Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa - Adnan Beci/AFP

A Dinamarca anunciou, nesta quarta-feira (17), que comprará "armas de precisão de longo alcance", como mísseis e drones, pela primeira vez em sua história, pois precisa fortalecer sua capacidade de dissuasão diante da ameaça da Rússia à Europa.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou em entrevista coletiva que a medida representa "uma mudança de paradigma na política de defesa" do país nórdico.

"Pela primeira vez, a Dinamarca desenvolverá capacidades militares na forma de armas de precisão de longo alcance", disse Frederiksen a repórteres.

Ela acrescentou que a Rússia representará uma ameaça à Dinamarca e à Europa "nos próximos anos" e que a decisão foi tomada com o objetivo de ter uma "capacidade de dissuasão confiável" contra a agressão russa.

"Com essas armas, as forças de defesa poderão atingir alvos a longo alcance e, por exemplo, neutralizar ameaças de mísseis inimigos", explicou. As armas às quais a primeira-ministra se referiu poderiam ser, por exemplo, mísseis ou drones.

O Ministério da Defesa dinamarquês declarou em um comunicado que analisará quais armas de longo alcance melhor atendem às necessidades do país.

O rearmamento tornou-se uma prioridade para o governo após a invasão russa da Ucrânia.

Na semana passada, a Dinamarca anunciou que investiria cerca de 9,2 bilhões de dólares (R$ 48,8 bilhões) em sistemas europeus de defesa aérea e antimísseis.

Em fevereiro, Frederiksen afirmou que o país destinaria 7 bilhões de dólares (R$ 37,1 bilhões) para gastos com defesa nos próximos dois anos, instando os militares a "comprar, comprar, comprar".