COMISSÃO

Rejeição da PEC da Blindagem na CCJ do Senado teve votos do PT ao PL

Ambas as siglas tiveram quatro manifestações contrárias ao texto nesta quarta-feira

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado - Senado/Divulgação

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou nesta quarta-feira, por unanimidade, o relatório do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) para rejeitar a PEC da Blindagem, proposta que dificultava a responsabilização criminal de deputados e senadores.

O movimento contrário à proposta reuniu quatro votos tanto do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, quanto do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com 26 votos a favor e nenhum contrário, a comissão na prática inviabilizou a promulgação da emenda à Constituição. Apesar disso, o texto ainda irá ao plenário da Casa para ser derrotado por todos os senadores, em um acordo com o presidente Davi Alcolumbre, segundo o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA).

Entre os senadores filiados ao PL, votaram pela rejeição do texto Carlos Portinho, Rogério Marinho, Jorge Seif e Magno Malta. Na votação na Câmara, na semana passada, a sigla de Bolsonaro deu 83 votos a favor da PEC.

Já no campo petista, os votos pela rejeição da PEC vieram de Rogério Carvalho, Fabiano Contarato, Augusta Brito e Randolfe Rodrigues.

No domingo, o Globo havia mostrado que havia votos suficientes para barrar a PEC no Senado. Ao longo da semana, esse placar se ampliou com senadores antes indecisos ou omissos declarando voto contrário, pressionados pelas manifestações e pela repercussão negativa da aprovação na Câmara.

Ao contrário da Câmara, onde a proposta foi aprovada em Plenário com larga maioria, a lógica no Senado foi outra: após a pressão popular causada por protestos em todo o país, todos os senadores da CCJ rejeitaram o projeto.