"Devo deixar meu filho jogar Roblox?": veja resposta a perguntas de pais, mães e cuidadores
Os leitores enviam suas dúvidas sobre crianças e adolescentes e uma delas é respondida todas as quartas-feiras: temas vão de higiene e convivência a tecnologia e redes sociais
“O que eu faço se meu filho se recusa a usar desodorante?”; “Meus filhos de 11 e 13 anos se amam, mas brigam o tempo todo. Como faço isso parar?”. A lista de perguntas de quem cuida de uma criança ou adolescente pode ser infinita. E a situação é corriqueira: você ouve a dúvida de um pai ou uma mãe que conhece e percebe que ela poderia ser sua também.
Nesta quarta-feira, dia 5 de novembro, o Globo lança a newsletter “Meus filhos, minhas regras?”, com uma proposta simples: receber dúvidas reais de pais, mães e cuidadores, como essas do primeiro parágrafo, e buscar bons profissionais que ajudem a respondê-las.
Deixo meu filho de 9 anos jogar Roblox?
A questão que será respondida na newsletter de hoje é sobre Roblox: um pai pergunta se deve deixar o filho de 9 anos brincar com esse jogo, que ele pouco conhece. O neuroeducador Fernando Lino, responsável pelo projeto Guardião Digital, e Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet Brasil e responsável pelo programa Disciplina de Cidadania Digital, responderão à questão.
— A primeira pergunta que os pais devem se fazer é: “estou disposto a investir um tempo conhecendo o Roblox, aprendendo sobre seus riscos e entendendo como configurar as ferramentas de controle parental?” — questiona Lino, que explicará o funcionamento do Roblox na newsletter, com um passo a passo rápido de como configurar a plataforma para que ela se torne mais segura para crianças.
As editoras Josy Fischberg, mãe de uma criança de 9 anos, e Marina Gonçalves, mãe de uma menina de 7, assinam a publicação.
— Quando as crianças são bem pequenas, as dúvidas costumam ser mais objetivas e, de certo modo, fáceis de encontrar na internet. Depois que crescem um pouco, por volta dos 6 anos, isso muda — conta Josy. — Fiquei surpresa com a variedade de questões que já recebemos. Achei que seriam só sobre tecnologia, mas vieram também sobre higiene, alimentação...
Para Marina, algumas dúvidas vêm aparecendo antes do que imaginava:
— É um pouco assustador descobrir que você não tem todas as respostas. No meu caso, nunca pensei que precisaria lidar tão cedo com questões sérias como racismo, bullying e violência, e outras nem tanto, como “mãe, como é estar apaixonada?”. Compartilhar as mesmas dúvidas em grupos de whatsapp é libertador, mas é ótimo sair da bolha e ouvir outros pontos de vista.
Primeira dúvida: como falar sobre violência com as crianças
Na última semana, uma primeira dúvida, de uma das autoras, já foi respondida: como falar sobre violência com crianças e adolescentes? Três psicólogas trataram da questão a partir de diferentes pontos de vista.
— Achei que seria interessante fazer uma primeira escuta a partir de uma dúvida minha, que eu sei que é de muitos outros adultos. Ela ganhou ainda mais força depois dos últimos acontecimentos no Rio de Janeiro — explica Josy.