Johnny Hooker e Ney Matogrosso lançam single, juntos, nesta sexta (28)
"Viver & morrer de amor na América Latina" é a faixa-título do novo álbum de Hooker, que ganha o mundo no fim deste ano
Com uma atmosfera latina, trafegando entre o brega e o bolero, a canção “Viver & morrer de amor na América Latina” é o single do feat. inédito entre Johnny Hooker e Ney Matogrosso, que será lançado nesta sexta (28), nas plataformas digitais.
“Viver & morrer de amor na América Latina” é, também, a faixa-título do novo álbum do cantor e compositor pernambucano, o seu terceiro de estúdio, que sai no fim deste 2025, sucedendo “Eu vou fazer uma macumba para te amarrar, maldito” (2015), “Coração” (2017) e “Orgia” (2022).
O feat entre Ney Matogrosso e Johnny Hooker é significativo, uma vez que o cantor de 84 anos, que abriu caminhos de liberdade e transgressão na música, performance e comportamento no Brasil, é ícone da comunidade LGBTQIAPN+, da qual Hooker faz parte.
A união de ambos também surpreende justamente porque, em 2017, Johnny Hooker criticou publicamente Ney, por sua postura mais reservada em relação às questões que envolvem a comunidade.
Além disso, Hooker chegou a declarar que sua persona artística não sofria qualquer influência de Ney Matogrosso – curiosamente, à época em que declarou isso, o pernambucano usava, em seus shows, figurino quase idêntico ao de Ney, à época do show “Atento aos Sinais” [que, detalhe: foi lançado antes de Johnny Hooker estourar nacionalmente].
A discordância, pelo visto, ficou para trás.
Pernambucanos e Ney
Johnny Hooker não é o primeiro pernambucano a colaborar com ou ter alguma música sua gravada por Ney – no caso aqui, por Ney e com Ney.
Em 2002, Ney gravou “Serenata Suburbana”, de Capiba, no álbum póstumo do violonista Raphael Rabello, “Mestre Capiba por Raphael Rabello e Convidados”.
Lenine teve duas canções suas gravadas por Ney: “Rua da Passagem” (com Arnaldo Antunes) integrou o repertório do show e, posteriormente, do álbum “Atento aos Sinais - Ao Vivo” (2014); e a parceria com também pernambucano Lula Queiroga, “Se não for Amor Eu Cegue”, foi gravada no álbum “Nu Com a Minha Música” (2021), álbum celebrativo dos 80 anos de Ney.
Neste mesmo álbum, há canções de outros pernambucanos: o clássico “Espumas ao Vento”, de Accioly Neto, e “Estranha Toada”, parceria de Martins e PC Silva.