Tarcísio afirma que candidato da direita para a presidência será definido 'no início do ano que vem'
Em evento financeiro, governador disse que mercado 'é muito ansioso' e pede 'um pouco de calma' para as eleições do ano que vem
Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou em evento nessa quinta-feira (27) que o candidato da direita para as eleições de 2026 deve ser definido no começo do próximo ano. O governador de São Paulo participava de um evento realizado pela XP Asset Management quando falou sobre o assunto.
"Eu acredito que a gente vai saber no início do ano que vem (quem será o candidato). O que eu falei essa semana é que a gente não tem motivo para estar ansioso, a gente tem que ter um pouco de calma. O mercado é muito ansioso mesmo, né? O mercado gosta de precificar tudo muito rapidamente e como as coisas oscilam", disse o governador.
Tarcísio, no momento o principal cotado a candidato da direita, afirmou também que Jair Bolsonaro, preso por decisão do STF, é a "grande liderança" do campo conservador e terá "um papel relevante" na definição da candidatura".
"Nós temos aí alguns atores, algumas situações para organizar. A gente tem a grande liderança da direita passando por um processo de isolamento, um processo complicado. A gente tem que ajudar essa grande liderança, que é o presidente Bolsonaro, que vai ter um papel relevante nessa montagem. Mas eu tenho certeza que, como a gente tem aí gente muito preparada, a gente tem boas propostas e, mais do que isso, um bom projeto, nós vamos conseguir organizar esse time. O que o Brasil precisa, no final das contas, ao fim ao cabo? Um projeto", afirmou Tarcísio.
O governador afirmou que, mesmo que o PT ganhe as eleições do ano que vem, precisaria fazer reformas profundas ou "o Brasil vai quebrar". Também avaliou que o partido não teria disposição de propor as reformas necessárias porque acabariam "atacando a base" eleitoral.
O governador afirmou que a agenda econômica para evitar uma "quebra" seria similar às medidas adotadas pelo ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes.
"E o Paulo Guedes falava muito dos D's, e os D's são a chave do sucesso aqui. O D da desregulamentação, o D da digitalização, o D da desvinculação, o D da desindexação, o D do desinvestimento, você vê que é tudo D. Então, quando você aplica essa série de D's, você resolve o problema", disse o governador.
O Congresso Nacional também foi mencionado durante as falas do governador. Ele avaliou que a composição do legislativo "tem um caráter liberal" e "absolutamente reformista, a fim de entregar para o Brasil um projeto interessante".
O governador defendeu que poucos presidentes tiveram a habilidade de tornar o Congresso "sócio das realizações" e chamou o atual relacionamento de Lula com o legislativo de essa "confusão que nós temos hoje".