Dom, 07 de Dezembro

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Câmara dos Deputados

Motta diz que "segurança não pode ser apenas ação repressiva do Estado"

Presidente da Câmara defendeu "política ampla" e investimentos para "proteger a sociedade e aqueles que arriscam suas vidas"

Motta se colocou a favor de investimentos em inteligência, educação, tecnologia, descritos como "essenciais para proteger a sociedade Motta se colocou a favor de investimentos em inteligência, educação, tecnologia, descritos como "essenciais para proteger a sociedade  - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que "a segurança pública não pode ser vista apenas como uma ação repressiva do Estado", após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos na última terça-feira.

Em entrevista à CNN, o parlamentar afirmou que o tema deve ser tratado como "uma política ampla, que reconhece as dimensões sociais e econômicas na origem da violência".

Na ocasião, Motta se colocou a favor de investimentos em inteligência, educação, tecnologia, descritos como "essenciais para proteger a sociedade e aqueles que arriscam suas vidas diariamente para garantir a ordem e a paz".

Perguntado sobre o papel do Congresso para a resolução do problema, ele disse que, ao longo de seus oito meses de gestão, teriam sido aprovadas mais de 40 matérias relacionadas ao tema, que iriam "desde o fortalecimento das forças policiais até o aperfeiçoamento das políticas de prevenção".

Em paralelo, o presidente Lula (PT) sancionou ontem uma lei que promove mudanças na legislação para fortalecer o combate ao crime organizado. A nova determinação tipifica dois novos crimes contra acusados de obstrução de investigações contra organizações criminosas, orienta o envio de investigados a prisões de segurança máxima e amplia a proteção de autoridades que atuam na área.

Além disso, o ministro Ricardo Lewandowski e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), anunciaram ontem a criação de um escritório conjunto de combate ao crime organizado no estado, mesmo após trocarem farpas ao repercutirem a operação.

Castro, por sua vez, também tem recebido acenos de governadores de direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Mauro Mendes (União), do Mato Grosso.

Ontem, o grupo participou de uma reunião, por videoconferência, em apoio ao governador do Rio, e articula um encontro presencial nesta quinta-feira no Palácio Guanabara. O evento também poderá com a presença dos chefes dos Executivos do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (União Brasil).

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