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Veja como votaram os parlamentares da CPI do INSS, que rejeitou convocação do irmão de Lula

Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), cujos endereços foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto

 Frei Chico é vice-presidente do Sindnap, cujos endereços foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto Frei Chico é vice-presidente do Sindnap, cujos endereços foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Senadores e deputados que integram a CPI do INSS rejeitaram, nesta quinta-feira, o requerimento de convocação de Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para depor na Câmara.

Ao todo, foram 19 votos contrários à ida do vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi) à comissão, contra 11 favoráveis, além do presidente do colegiado, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), que não votou.

O placar contou com articulação da base do governo que, que antes do início da sessão, também entrou em acordo para retirar os requerimentos de quebras de sigilo fiscal e telemático do ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi.

Ao todo, os onze requerimentos de convocação de Frei Chico foram negados. Frei Chico é vice-presidente do Sindnap, cujos endereços foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Diferente de outros dirigentes do Sindnapi, Frei Chico não é citado no inquérito.

Veja placar:

Votaram pela convocação:
Jorge Seif (PL-SC) - senador

Izalci Lucas (PL-DF) - senador

Eduardo Girão (Novo-CE) - senador

Rogério Marinho (PL-RN) - senador

Damares Alves (Republicanos-DF) - senadora

Coronel Chrisóstomo (PL-RO) - deputado

Coronel Fernanda (PL-MT)- deputado

Adriana Ventura (Novo-SP) - deputada

Alfredo Gaspar (União-AL) - deputado

Marcel Van Hattem (Novo-RS) - deputado

José Medeiros (PL-MT) - deputado

Votaram contra a convocação:
Soraya Thronicke (Podemos-MS) - senadora

Randolfe Rodrigues (PT-AP)- senador

Veneziano Vital do Rego (MDB-PA) - senador

Paulo Pimenta (PT-RS) - deputado

Rogério Correia (PT-MG) - deputado

Dorinaldo Malafaia (PDT - AP) - deputado

Humberto Costa (PT-PE) senador

Eliziane gama (PSD-MA) - senadora

José Lacerda (PSD-MT)- senador

Rogério Carvalho (PT-SE) - senador

Paulo Paim (PT-RS) - senador

Leila Barros (PDT-DF) - senadora

Átila Lira (PP-PI)- deputado

Cleber Verde (MDB-MA) - deputado

Orlando Silva (PCdoB-SP) - deputado

Ricardo Ayres (Republicanos-TO) - deputado

Alencar Santana (PT-SP) - deputado

Dagoberto Noguera (PSDB-MS) - deputado

Beto Faro (PT-PA)- senador

Não votou:
Carlos Viana (Podemos-MG) - senador (Presidente da CPI)

Sobre a votação
Com os mesmos votos dos governistas, a CPI também rejeitou as quebras de sigilo da publicitária Danielle Miranda Fonteles e da sua empresa. Ela recebeu R$ 5 milhões do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "careca do INSS", entre novembro de 2023 e março de 2025

De acordo com as defesas de Antunes e Fonteles, o pagamento foi feito para a compra de um imóvel em Trancoso (BA) em uma negociação que acabou não se concretizando. O caso foi revelado pela revista "Veja" e confirmado pelo Globo . Danielle já prestou serviços a campanhas eleitorais do PT, como a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010.

A comissão, por outro lado, aprovou a quebra do sigilo bancário do advogado Eli Cohen no período de janeiro de 2015 a outubro de 2025. O advogado foi o autor das primeiras denúncias contra três associações implicadas no caso. Em depoimento à CPMI no início de setembro, ele detalhou como funcionava o esquema e lançou suspeitas contra dirigentes do INSS.

— Esse crime não poderia ter sido realizado se você não tivesse no seu bolso o presidente do INSS, todo o Departamento de Benefícios do INSS e, na minha opinião um ministro da Previdência — afirmou Cohen, na ocasião.

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