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A crise atrapalhou os atuais prefeitos

No São Francisco, Araripe e Sertão Central, 17 prefeitos ou não foram reeleitos ou não conseguiram eleger os sucessores

A banda Paralamas do SucessoA banda Paralamas do Sucesso - Foto: Reprodução/Instagram

Dados do 1º turno indicam que mais de 60% dos atuais prefeitos de Pernambuco ou não foram reeleitos ou não elegeram os sucessores. A culpa não foi de costuras políticas mal alinhavadas e sim da crise financeira em que se encontram os municípios. Há exceções, claro, como Paulista, Igarassu, Bezerros, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Abreu e Lima, Garanhuns, Lajedo, Belo Jardim e Arcoverde, entre outros, cujos prefeitos foram reeleitos. Mas no geral a bruxa esteve solta em todas as regiões do Estado. Para terem ideia do tamanho do “estrago”, só no São Francisco, Araripe e Sertão Central 17 prefeitos não foram reeleitos ou não elegeram os seus sucessores, a saber: Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Afrânio, Salgueiro, Verdejante, Araripina, Ouricuri, Mirandiba, Floresta, Santa Filomena, Belém do São Francisco, Belmonte, Granito, Cedro, Bodocó e Dormentes. E a safra de 2016 ainda pode se sair pior que a atual.

No São Francisco, Araripe e Sertão Central, 17 prefeitos ou não foram reeleitos ou não conseguiram eleger os sucessores

O início do “queremismo”
Abrigada no TCU por indicação da Câmara Federal, a ministra Ana Arraes não deu qualquer sinal até agora de que pretende retornar à política após aposentar-se daquele órgão. Mas no PSB de Pernambuco existem vozes isoladas defendendo a candidatura dela à presidência nacional do partido em 2017 e a uma das vagas no Senado em 2018. “Se ela disser que aceita, quem ousará ficar contra?”, pergunta Gilberto Rodrigues.

Silêncio > Nenhum dos petistas abrigados no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife saiu às ruas até agora para defender Geraldo Júlio (PSB). Socialistas chegaram a anunciar a presença da ex-presidente da Fundação de Cultura da PCR, Luciana Félix, no palanque do atual prefeito,
mas o fato não se confirmou.

Transição > Já iniciaram o processo de transição, civilizadamente, os prefeitos de Petrolina, Júlio Lossio (PMDB) e do Cabo, Vado da Farmácia (sem partido). Que sirva de exemplo aos demais.
Recusa > João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), os finalistas de Belo Horizonte, recusaram o apoio do prefeito Márcio Lacerda (PSB), que já foi considerado um dos melhores do Brasil.
Avanço? > O PCdoB elegeu no 1º turno 80 prefeitos, ante 56 em 2012, mas 46 deles no MA onde o governador Flávio Dino é do partido e iniciou o “desmonte” da oligarquia chefiada por Sarney.
O caos > Fragilizado politicamente, enfrentando uma greve de professores e sem recursos para pagar o salário do mês e o 13º dos servidores de Aliança, o prefeito Cacá (PSB) tirou uma licença, mas não voltará mais ao cargo. O prefeito eleito Xisto Freitas (PSD) vai encontrar, literalmente, a “terra arrasada”.
Idolatria > Se já era fã do cantor Bob Dylan (EUA), ganhador do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, o ex-senador e vereador eleito por SP, Eduardo Suplicy (PT), agora é que não vai parar de cantar um dos maiores sucessos do seu ídolo, “Blowin’ in the Wind”, que entoou no Senado dezenas de vezes.

Operação > Faltou bom senso à Polícia Civil na deflagração ontem, em Jaboatão dos Guararapes, da operação “Caixa de Pandora” que investiga irregularidades supostamente praticadas por 19 dos seus 27 vereadores, dentre eles Manoel Neco (PSD), candidato a prefeito, e Ricardo Valois (PR), candidato a vice de Anderson Ferreira (PR). Esperar que passasse o 2º turno não comprometeria em nada as investigações e nem tampouco as provas.

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