Abraço coletivo na Praça de Casa forte chamou atenção para preservação do local
As principais queixas dos moradores é o estacionamento irregular, além da sujeira e degradação em alguns pontos do local
Moradores do bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife, se reuniram na manhã deste sábado (9) para um abraço coletivo na Praça de Casa Forte. O objetivo do grupo é chamar atenção da população e do poder público para a importância histórica do local.
O evento foi organizado pelo grupo Casa Forte Mais Segura (CFMS), que conta atualmente com 204 integrantes, não só de Casa Forte, mas do entorno, como Poço da Panela e Parnamirim, bairros também na Zona Norte da Capital.
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As principais queixas dos moradores é o estacionamento irregular, a prática de lavagem de veículos nas proximidades da praça, onde produtos químicos são despejados nos jardins, além da sujeira e degradação em alguns pontos do local.
Segundo o arquiteto e urbanista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Francisco Cunha, que participou do evento, o espaço deve ser preservado, principalmente diante da sua importância histórica.
“A praça foi palco da Batalha de Casa Forte, em 17 de Agosto de 1645, e projetada, em 1934 por Burle Marx, sendo a praça considerada o seu primeiro jardim público, por isso a importância de preserva-lo”, disse Francisco. Ele contou ainda que muitos moradores desconhecem esse fato. “Queremos que a praça seja um espaço exemplar, sendo bem tratada pelos moradores e pelos órgãos públicos”, afirmou.
Uma banda de frevo também esteve na praça para animar o evento, que também marca os dois anos da criação do CFMS. Foi inaugurada pelos moradores, ainda durante o evento, uma placa de identificação no Largo do Holandês, que através da mobilização do grupo, foi revitalizado em junho do ano passado pela Empresa de Manuteñção e Limpeza Urbana (Emlurb).
O lugar é uma confluência entre as ruas Samuel Lins (continuação da Rua da Harmonia) com a Flor de Santana, às margens do Riacho Parnamirim, na Zona Norte. Na época, ele estava abandonado e servia como depósito de lixo. Também houve o plantio de mudas e identificação das árvores na praça.
Francisco contou ainda que o Largo guarda em sua história o fato de ter sido uma via utilizada pelos holandeses como rota de ataques durante a Batalha de Casa Forte, em 1645. “Alguns moradores contam que existem fantasmas no bairro, outros dizem que ouvem gritos”.
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