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'Academia é saúde', diz Bolsonaro ao justificar Decreto

Presidente disse que cabe a ele decidir quais são os serviços essenciais e que o governador que não concordar deve procurar a Justiça

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Evaristo Sa / AFP

No final da tarde desta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro conversou com jornalistas no Palácio da Alvorada. O Decreto que classifica academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais foi um dos temas principais, sobretudo pela repercussão que causada. Alguns governadores, inclusive, optaram por manter esses setores fechados durante o período de combate à disseminação do novo coronavírus.

Sobre o Decreto, Bolsonaro justificou da seguinte forma: "Hoje o decreto é voltado para as academias, porque saúde é vida, além dos salões e barbearias. Tem muita gente que quer trabalhar e que quer ir para academia, malhar. Lembrei do Paulinho Cintura agora. A academia é saúde, esporte é vida. Por isso classificamos como essencial as academias”.

"Compete a mim decidir o que são (serviços) essenciais. Se por ventura um governador não concordar com o meu Decreto, procure a Justiça. Esse é o caminho democrático para quem achar que o meu Decreto foi além do que deveria ser feito”, completou, dizendo que, caso os jornalistas ou algum dos seus apoiadores presentes no momento quisessem sugerir mais categorias para retornar às atividades, sugerissem que ele analisaria.

"Olha só pessoal, a questão do emprego interessa a todos. Se por acaso vocês tiverem sugestão de alguma nova ocupação que possa ser classificada como essencial, coloquem e a gente discute. O Decreto é rápido."

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O presidente foi questionado ainda sobre o fato de alguns governadores o terem chamado de irresponsável por conta do Decreto. Foi o caso de João Doria, de São Paulo, e Wilson Witzel, do Rio de Janeiro. "Governador chamar um presidente de irresponsável, não quero acreditar. Irresponsabilidade é abandonar a classe desempregada. A fome mata”, disse Bolsonaro.

Outro aspecto que chamou atenção no episódio do Decreto do presidente foi o fato de ele não ter consultado o ministro da Saúde, Nelson Teich, que foi surpreendido com a informação sobre a decisão de Bolsonaro durante a entrevista coletiva da pasta na segunda-feira (11).

"Tá no Decreto, ‘de acordo com as diretrizes do MS…’. Não é porque faltou um contato que vai desacreditar o Decreto. Quantos as vezes vc chega para almoçar em casa e não avisa a esposa? Vai acabar um casamento por causa disso? Estou aberto ao diálogo. Gosto do ministro”, respondeu Bolsonaro.

"O Ministério da Saúde em si já é um problema. Não é fácil, não posso cobrar dele muita coisa. Tenho conversado com ele, amanhã vou conversar de novo. Porque parece que ninguém mais tem outros problemas no Brasil. O problema não é só esse”, completou o presidente.

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