Acessibilidade comprometida no Metrô
Vistoria realizada nas estações identificou vários obstáculos para pessoas com deficiência
As estações do Recife, Joana Bezerra, Aeroporto, Afogados, Barro e TIP foram vistoriadas por representantes da Sead e do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência em Pernambuco (Coned) e do Recife (CMDPD). Os três homens, jovens, em boa condição física, usam cadeiras de rodas. “Tivemos que escolher algumas estações devido ao prazo do Ministério.
Decidimos por aquelas que tinham maior movimento, e que integram com o Interior”, explicou o coordenador de empregabilidade da Sead, Edmilson Silva. “A gente percebe que a maioria dos problemas é detalhe que ficou de fora do planejamento. Os funcionários também, que às vezes não têm conhecimento para lidar com o deficiente visual ou o usuário de cadeira de rodas, por exemplo”, avaliou o conselheiro do Coned, Waldemar Coelho.
Além da ausência de elevadores funcionando, outro problema recorrente é a inclinação das rampas. Um corrimão ajudaria. Quando o trem chega, há outro problema: o tumulto. A falta de ordem para subir e descer do metrô faz com que todos sejam empurrados e acabem amontoados nos vagões. O espaço destinado aos cadeirantes também em nada os protege, avaliam os conselheiros. “Era para haver uma entrada específica para nós. Facilitaria bastante”, ressaltou Emídio.
Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que “aguarda os resultados da vistoria realizada”. Eles esclareceram ainda que estão “em busca de recursos para execução de obras de acessibilidade em diversas estações”.