Acusados de matar médico Artur Eugênio de Azevedo serão julgados em júri popular
Os quatro réus irão responder por homicídio duplamente qualificado
A juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, decidiu nesta quarta-feira (27) que os acusados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, vão a júri popular. A defesa dos réus tem um prazo de cinco dias e afirma que vai recorrer da decisão com pedido de suspeição contra a juíza.
Para a decisão de pronúncia, a juíza levou em consideração os laudos periciais dos fatos anexados aos autos, além da audiência de instrução e julgamento realizados em sete datas entre os dias 14 de outubro de 2014 e 10 de junho de 2015. Nas audiências foram interrogados os réus e ouvidas cerca de 60 testemunhas. Ainda não há data prevista para a realização do júri popular. O advogado Luiz Miguel, responsável pela defesa do réu Cláudio Amaro Gomes Júnior, informou que dará entrada com pedido de suspeição contra a juíza amanhã (28). Por outro lado, o advogado da família do médico, Daniel Lima, já esperava que o réu iria recorrer, e está aguardo o processo para dar os próximos passos.
O médico Artur Eugênio de Azevedo, 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. De acordo com os autos, Cláudio Amaro Gomes, apontado como o mandante do crime, teria contado com a ajuda do filho Cláudio Amaro Gomes Júnior para executar o plano de homicídio. Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar outros dois homens – Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz – para matar Artur Eugênio de Azevedo Pereira. Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.