Amazonas é o 1º estado a trocar de secretário da Saúde
Biomédica Simone Papaiz assumiu posto antes ocupado por Rodrigo Tobias, pesquisador da Fiocruz Amazonas
Com 95% dos leitos de UTI ocupados em meio à escalada de casos do novo coronavírus, o governo do Amazonas anunciou nesta quarta-feira (8) a troca no comando da Secretária da Saúde. É o primeiro estado do País a fazer essa mudança desde o início da crise.
A biomédica Simone Papaiz ocupava até há pouco a secretaria de Saúde de Bertioga, município de 63 mil habitantes no litoral paulista. Agora, passa a administrar o estado com o maior território do País, com um tamanho equivalente a seis estados de São Paulo e população de 4,1 milhões.
Ao se apresentar, via transmissão ao vivo em redes sociais, Simone disse que assume com "orgulho, otimismo e coragem". "Quero agradecer a Deus, em primeiro lugar, pela oportunidade de estar no estado do Amazonas e poder colaborar e corroborar com o meu conhecimento para que a gente possa avançar na saúde pública do estado.”
Como primeira medida, ela anunciou a criação do programa Anjos da Saúde, pelo qual, até sexta-feira (10), 30 assistentes sociais atuarão em serviços de saúde de urgência e emergência. "O programa vai acolher e vai fazer com que a gente passe por esse enfrentamento mais fortalecido.”
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Ela assume no lugar de Rodrigo Tobias, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia, com sede em Manaus. Em sua última entrevista, na segunda-feira (6), ele afirmou que 95% dos leitos da UTI da cidade estavam ocupados devido ao novo coronavírus. Apenas a capital tem esse serviço no estado do Amazonas.
Na avaliação do Ministério da Saúde, o Amazonas é um dos quatro estados com indícios de transição para a fase de aceleração descontrolada de casos, ao lado de Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. Com 15,1 casos confirmados por 100 mil habitantes, o Amazonas tem o segundo maior coeficiente do País, atrás apenas do Distrito Federal (16,1/100 mil), segundo números do Ministério da Saúde divulgados na terça-feira (7). A média nacional é de 6,5 casos por 100 mil.
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