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'Apoio chegou no momento certo', diz pernambucana escolhida por Malala

Ativista paquistanesa patrocinará ONG recifense. Boa notícia vem durante a estadia da ativista em terras brasileiras. Malala desembarcou no País, pela primeira vez, para uma palestra em São Paulo sobre educação

Malala anunciou o nome de Sylvia, que passa a integrar a Rede GulmakaiMalala anunciou o nome de Sylvia, que passa a integrar a Rede Gulmakai - Foto: Divulgação

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai beneficiará três instituições brasileiras sem fins lucrativos por meio de uma de suas iniciativas, a Rede Gulmakai. Parte do Fundo Malala, que patrocina homens e mulheres que incentivam ou promovem a educação de meninas em vários países, contemplará a ONG Mirim Brasil, entidade com sede no Recife, que luta pela defesa e promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Nordeste.

Em Pernambuco, atua em vários municípios, como Cabo de Santo Agostinho, Pesqueira e Recife, contribuindo para o desenvolvimento de cerca de 200 pessoas. A boa notícia vem durante a estadia da ativista em terras brasileiras. Ela desembarcou no País, pela primeira vez, nessa segunda-feira (9) para uma palestra em São Paulo sobre educação.

Presidente da ONG Mirim Brasil, a pernambucana Sylvia Siqueira Campos se diz orgulhosa em ver a instituição entre as contempladas pela Rede Gulmakai e reforça que esse reconhecimento é unicamente para a ONG, criada em 1990. "Esse reconhecimento não é para mim. É para quem está junto comigo na luta pela continuidade dos direitos das crianças e adolescentes que integram o Mirim Brasil. É um apoio que chega num momento certo por uma pessoa que, embora tão nova, tem uma visão muito além. Ela (Malala) é sensacional", elogia.

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Sylvia viaja na próxima sexta-feira (13) para Dubai para discutir estratégias que mobilizem meninos e meninas a cobrarem por uma educação pública de qualidade em Pernambuco. "Vamos nos unir para levantar essa bandeira", complementa a presidente da ONG.

Hoje, aos 36 anos, ela preside a Mirim Brasil, mas é desde os tempos da pré-adolescência, aos 13 anos, que Sylvia participa ativamente da instituição. E, define: "Mirim é uma escola de formação para a vida. A instituição evidencia os jovens como protagonistas. São eles que dão as sugestões e ideias sobre como a ONG deve atuar e que tema deve abordar durante as reuniões mensais".

Ao perguntar sobre como seria a sua realidade atual, se não fosse a ONG, Sylvia é taxativa: "Seria só mais uma pessoa a batalhar por um apartamento ou para passar num concurso público. Não teria perspectiva de luta coletiva que é o que, de fato, muda e dá sentido à vida das pessoas", declara. Em tempo, a pernambucana é pré-candidata à deputada estadual nas eleições deste ano.

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