Após a fumaça branca, irmãos do Papa Leão XIV lembram vocação desde a infância: "Tinha esse destino"
Aos 69 anos, o cardeal Robert Prevost foi eleito o 267º pontífice da Igreja Católica
A eleição de Robert Prevost, o primeiro pontífice dos Estados Unidos, foi recebida com emoção e orgulho por seus irmãos. Ao ouvir o anúncio vindo do Vaticano nesta quinta-feira (8), Louis e John Prevost relembraram a infância do agora Papa Leão XIV: “Sempre dissemos que ele estava destinado a isso, mas ver acontecer é outra coisa”, disse Louis, em entrevista à ABC News.
Crescido no subúrbio de Dolton, em Chicago, Robert era o mais novo dos três irmãos. Para sua família, desde pequeno, ele demonstrava vocação religiosa. — Desde criança, ele brincava de celebrar missa. Usava a tábua de passar como altar e bolacha como hóstia — lembrou Louis, que recebeu a notícia deitado, doente, em casa. “Levantei e comecei a dançar como um idiota.”
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John, o irmão do meio, contou que havia conversado com Robert dois dias antes do conclave e lhe disse que acreditava na sua eleição. — Ele achou que era bobagem, disse: ‘Nunca escolheriam um Papa americano’ — contou à ABC News. — Ele não queria acreditar. Mas a gente sempre soube que era diferente.
Leão XIV é descrito pelos irmãos como simples, inteligente e profundamente ligado à missão da Igreja com os mais pobres. — Ele viveu no meio do povo. Acho que vai continuar o legado do Papa Francisco — afirmou John. “Não mudou com o tempo, nem com os cargos — continua o mesmo Rob.
A família se lembra com carinho das previsões feitas por vizinhos décadas atrás, quando Robert ainda era criança em Dolton, Illinois. “Você vai ser Papa um dia”, diziam. Agora, com a fumaça branca no Vaticano, a brincadeira virou realidade — e para os Prevost, também um motivo de orgulho e esperança.
— Ele é pé no chão, inteligente, tem humor e nunca se esqueceu do povo. Vai honrar o legado do Papa Francisco — afirmou John.