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Feminicídio

Após audiência de custódia, suspeito de matar a manicure Dione Gomes tem prisão preventiva decretada

Autuado pelo crime de feminicídio, Maurício Alves de Andrade será encaminhado ao Cotel

Maurício, 42 anos, foi preso por feminicídio e ocultação do cadáverMaurício, 42 anos, foi preso por feminicídio e ocultação do cadáver - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

Em audiência de custódia realizada pela Central de Audiências de Custódia do Recife nesta quarta-feira (6), Maurício Alves de Andrade, suspeito de matar e ocultar o cadaver da manicure Dione Gomes Silva, teve decretada a prisão preventiva. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

Maurício Alves Andrade foi autuado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, previstos no Art. 121, §2º, VI  e Art. 211 do Código Penal. 

Ainda nesta quarta, mais cedo, familiares e amigos deram o último adeus à vítima durante sepultamento no Cemitério de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.

Relembre o caso

Dione Gomes estava desaparecida deste o último domingo (3). A filha da manicure, Dayana Nascimento, de 22 anos, contou à equipe da Folha de Pernambuco que a mãe dela estava na casa do namorado, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, desde o último sábado (2). No domingo pela manhã, a filha tentou falar com a mãe pelo celular e já não conseguiu porque o telefone estava fora de área. 

Dayana então foi até a casa do companheiro da mãe, e o marido da prima dele disse que ele teria jogado o corpo de Dione no rio Tejipió, pela ponte Motocolombó. O companheiro de Dione não estava no local. Assim que soube, os familiares de Dione acionaram o Corpo de Bombeiros, que iniciou as buscas do corpo no final da tarde do domingo.

O corpo da manicure foi encontrado pelo Corpo de Bombeirros na manhã desta terça-feira, distante cinco quilômetrosde onde familiares de Dione afirmaram que ela teria sido jogada por seu companheiro após sofrer feminicídio.

Após analisar o corpo, o perito criminalista da Polícia Civil Victor Sá viu indícios de lesões ao lado do pescoço, o que pode indicar a causa da morte."Quem vai confirmar com exames complementares é o Instituto Médico Legal (IML), porém as lesões encontradas na vítima são fatais. Então provavelmente essa vítima já estava morta quando foi arremessada no rio", afirmou.

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