Após audiência de custódia, suspeito de matar a manicure Dione Gomes tem prisão preventiva decretada
Autuado pelo crime de feminicídio, Maurício Alves de Andrade será encaminhado ao Cotel
Em audiência de custódia realizada pela Central de Audiências de Custódia do Recife nesta quarta-feira (6), Maurício Alves de Andrade, suspeito de matar e ocultar o cadaver da manicure Dione Gomes Silva, teve decretada a prisão preventiva. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).
Maurício Alves Andrade foi autuado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver, previstos no Art. 121, §2º, VI e Art. 211 do Código Penal.
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Ainda nesta quarta, mais cedo, familiares e amigos deram o último adeus à vítima durante sepultamento no Cemitério de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
Relembre o caso
Dione Gomes estava desaparecida deste o último domingo (3). A filha da manicure, Dayana Nascimento, de 22 anos, contou à equipe da Folha de Pernambuco que a mãe dela estava na casa do namorado, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, desde o último sábado (2). No domingo pela manhã, a filha tentou falar com a mãe pelo celular e já não conseguiu porque o telefone estava fora de área.
Dayana então foi até a casa do companheiro da mãe, e o marido da prima dele disse que ele teria jogado o corpo de Dione no rio Tejipió, pela ponte Motocolombó. O companheiro de Dione não estava no local. Assim que soube, os familiares de Dione acionaram o Corpo de Bombeiros, que iniciou as buscas do corpo no final da tarde do domingo.
O corpo da manicure foi encontrado pelo Corpo de Bombeirros na manhã desta terça-feira, distante cinco quilômetrosde onde familiares de Dione afirmaram que ela teria sido jogada por seu companheiro após sofrer feminicídio.
Após analisar o corpo, o perito criminalista da Polícia Civil Victor Sá viu indícios de lesões ao lado do pescoço, o que pode indicar a causa da morte."Quem vai confirmar com exames complementares é o Instituto Médico Legal (IML), porém as lesões encontradas na vítima são fatais. Então provavelmente essa vítima já estava morta quando foi arremessada no rio", afirmou.