Varíola dos macacos

Aprovada resolução para acesso à vacina contra varíola dos macacos nas Américas

Cerca de dez mil infecções por varíola dos macacos foram relatadas nas Américas em 24 países desde o início do surto

Vacina da varíolaVacina da varíola - Foto: Joe Raedle/AFP

Os países da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aprovaram, nesta sexta-feira (5), uma resolução que defende o acesso equitativo à vacina contra a varíola nas Américas, informou a entidade em comunicado.

Cerca de dez mil infecções por varíola dos macacos foram relatadas nas Américas em 24 países desde o início do surto, representando 36% dos casos globais, observou a Opas.

Para lidar com o surto, o conselho diretor da Opas adotou, durante uma sessão especial, uma resolução solicitando à diretora, Carissa Etienne, "facilitar uma resposta coordenada e tomar medidas para apoiar seus Estados membros no acesso a esta vacina por meio do Fundo Rotativo da organização".

Também pediu aos países da região que reconheçam este fundo rotatório "como o mecanismo técnico regional estratégico mais adequado para possibilitar um acesso equitativo a esta e outras vacinas".

Etienne considerou que a transmissão do vírus pode ser interrompida se forem seguidas algumas recomendações, como comunicar os riscos, envolver as comunidades afetadas e favorecer a detecção e vigilância precoces, além de tratar e isolar os pacientes. O rastreamento de contatos também precisaria ser feito.

Mas "a vacinação posterior ou prévia à exposição poderia ser um complemento das demais medidas", garantiu Etienne.

Hoje, existe apenas uma vacina contra a varíola dos macacos de terceira geração no mundo e é feita por um único produtor, com quem a Opas está negociando apesar do fato de que os suprimentos "são extremamente limitados".

O grupo consultivo técnico da Opas recomenda que os países priorizem vacinas para grupos específicos, bem como para contatos próximos de um caso confirmado.

A imensa maioria dos casos foi registrada por homens que afirmaram ter mantido relações sexuais com outros homens e foram contaminados através de uma exposição por contato sexual.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, linfonodos inchados, dores musculares e uma erupção cutânea que forma bolhas e crostas.

A erupção geralmente se concentra no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A boca, genitais e olhos também podem ser afetados.

Os sintomas podem ser leves ou graves e geralmente duram várias semanas, período durante o qual o paciente pode infectar outras pessoas. A maioria das pessoas se recupera em poucas semanas sem tratamento.

Veja também

Exército israelense mata dois integrantes do Hezbollah no Líbano
GUERRA

Exército israelense mata dois integrantes do Hezbollah no Líbano

China emite alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul
CHUVA

China emite alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul

Newsletter