Argentina condena policiais a prisão perpétua por assassinato de adolescente negro
Outros seis agentes receberam penas de quatro a oito anos de prisão por acobertar o crime ocorrido em 202; Lucas González tinha 17 anos quando levou dois tiros na cabeça e morreu
Três policiais foram condenados à prisão perpétua na Argentina nesta terça-feira por um crime motivado por ódio racial, segundo a Justiça, contra um adolescente negro de 17 anos.
O caso é considerado um símbolo da violência institucional no país, e outros seis agentes receberam penas de quatro a oito anos de prisão por acobertar o crime ocorrido em 2021.
Os oficiais Gabriel Isassi, Fabián López e Juan José Nieva, que receberam pena perpétua, se envolveram no assassinato de Lucas González, que morava na periferia de Buenos Aires.
O adolescente e seus amigos foram atacados em uma quarta-feira de novembro de 2021 quando voltavam, no carro do pai de um deles, de um treino em um clube de futebol na periferia sul da capital. Quando pararam em um quiosque para comprar bebida, foram abordados por policiais em uma viatura não identificada. Pensando serem criminosos, os adolescentes aceleraram para fugir, mas foram baleados. Lucas González levou dois tiros na cabeça e morreu horas depois no hospital.
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Um dos amigos conseguiu escapar. Os outros dois foram jogados no chão, algemados, chutados e presos. A polícia disse que houve confronto e plantou uma arma de brinquedo no carro em que os adolescentes estavam, mostraram provas apresentadas no julgamento.