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Arte pelo celular na janela imperfeita da vida

Fotógrafa pernambucana Hélia Scheppa participa de coletiva em Porto Alegre e usa suporte do telefone para exercitar a dupla exposição

Carol BotelhoCarol Botelho - Foto: Cortesia

A fotógrafa pernambucana Hélia Scheppa ultimamente tem feito muitos ensaios com o celular. Mas para ela o suporte é uma consequência da vontade de exercitar a dupla exposição. Afora a técnica, a temática de Hélia, vencedora de diversos prêmios, atrai pelas portas e janelas que retrata, acompanhadas ou não de pessoas cujos olhos também são janelas abertas ou fechadas da alma. Como uma vontade admitida de querer expandir. “Tenho uma fissura por janelas e portas. Elas estão no meu subconsciente representando minha eterna vontade de olhar para frente na vida”, diz Hélia.

Uma dessas fotos está em sua mais recente exposição coletiva, “Da tela do celular: 20 visões do outro”, em cartaz em Porto Alegre, na Galeria Hipotética, com curadoria de Andre Feltes, desde a última segunda-feira. São duas fotos em dupla exposição. No retrato de fundo, o rosto de uma criança de olhar forte recebe interferência de uma imagem quadrada no meio do rosto, como se fosse uma janela. Essa sobreposição em azul é de uma cortina com estampas de nuvens, rasgada aqui e acolá, gerando texturas e também impressão de sonhos que não são perfeitos naquela janela aberta para a vida. Nos olhos da criança, o reflexo da fotógrafa, que bem pode ser a menina. Hélia diz que está tentando trazer a exposição para o Recife. Seria uma boa, já que outros nomes pernambucanos da fotografia local estão por lá, como Pri Buhr e Luciana Cavalcanti.

 

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