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ELEIÇÕES EUA

Astronautas "presos" no espaço poderão votar da Estação Espacial nas eleições dos EUA; veja como

A escolha do novo presidente e vice-presidente dos Estados Unidos acontecerá no dia 5 de novembro

Butch Wilmore, comandante da missão, e Suni Williams, pilotoButch Wilmore, comandante da missão, e Suni Williams, piloto - Foto: Miguel J. Rodriguez Carrillo / AFP

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Os astronautas da Nasa Suni Williams e Butch Wilmore — tripulação de teste da cápsula Starliner, da Boeing — estão “presos” na Estação Espacial Internacional até fevereiro do ano que vem. Mesmo com a estadia prolongada, e não programada, a dupla poderá participar do pleito que escolherá o próximo presidente dos Estados Unidos votando diretamente do espaço.

Engana-se quem pensa que será tudo no improviso. A Nasa já tinha um plano de contingência para o cenário em que a dupla permanecesse na estação depois do período eleitoral. Graças a uma lei especial do Texas, os dois astronautas ainda poderão cumprir seu dever cívico a cerca de 400 quilômetros de altitude.

"É um dever muito importante que temos como cidadãos e estou ansioso para poder votar do espaço, o que é muito legal" disse Williams aos repórteres durante uma entrevista coletiva em 13 de setembro na estação espacial.

Cabine de votação na Estação Espacial Internacional Cabine de votação na Estação Espacial Internacional (Foto: Nasa)

Os astronautas americanos podem votar do espaço desde que a Legislatura do Texas aprovou um projeto de lei em 1997, expandindo o Código Eleitoral do Texas para incluir "uma pessoa que atenda aos requisitos de elegibilidade de um eleitor... mas que estará em um voo espacial durante o período de votação antecipada e no dia da eleição". Naquele ano, o astronauta da NASA David Wolf se tornou o primeiro americano a votar do espaço na Estação Espacial Mir.

As cédulas lançadas no espaço são transmitidas para a Terra da mesma forma que a maioria dos dados é transmitida entre a estação espacial e o controle da missão — por meio da Near Space Network da NASA, uma constelação de satélites no espaço que se comunicam com antenas em nosso planeta.

Depois que Wilmore e Williams preencherem suas cédulas eletrônicas de ausentes, os formulários “serão criptografados e carregados no sistema de computador de bordo da estação espacial”, de acordo com a NASA.

De lá, as cédulas fluirão por um satélite de rastreamento e retransmissão de dados para uma antena terrestre na NASA White Sands Test Facility em Las Cruces, Novo México. A agência espacial então transferirá a cédula para o controle da missão em Houston e depois para o escrivão do condado responsável pelo processamento das cédulas.

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