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EUA

Ataque a tiros em escola no Texas mata 14 alunos e um professor, diz governo

Ataque aconteceu em uma escola fundamental na cidade de Uvalde

Quatorze alunos e um professor foram mortos em um ataque no Texas  Quatorze alunos e um professor foram mortos em um ataque no Texas  - Foto: Uvalde CISD

Um atirador de 18 anos matou a tiros 14 crianças e um professor em uma escola primária do Texas nesta terça-feira(24), disse o governador do estado. 

O agressor "atirou e matou, de forma horrível e incompreensível, 14 alunos e matou um professor", disse Greg Abbott em entrevista coletiva. 

Ele afirmou que o suspeito do tiroteio, um adolescente local, também estava "morto", acrescentando que acredita-se que "os policiais o mataram".

Mais cedo, o Hospital Uvalde Memorial tinha informado no Facebook que havia atendido "13 crianças", e acrescentou que duas pessoas "tinham morrido" quando chegaram, sem especificar suas idades. 

Outro hospital, o University Health, na cidade vizinha de San Antonio, informou ter recebido "dois pacientes", um adulto e uma criança". Uma mulher de 66 anos também se encontrava em "estado crítico". 

Apesar das reiteradas mortes decorrentes de ataques armados e de uma onda nacional de violência por armas de fogo, múltiplas iniciativas para reformar as regulamentações sobre as armas fracassaram no Congresso americano, deixando aos legislativos locais e estaduais a responsabilidade de aprovar suas próprias restrições.

Os Estados Unidos registraram 19.350 homicídios com armas de fogo em 2020, 35% a mais do que em 2019, segundo os dados mais recentes do Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC).

Segundo a Casa Branca, o presidente Joe Biden foi informado sobre o ocorrido e fará um pronunciamento. 

"Suas orações estão com as famílias afetadas por este terrível evento e falará esta noite quando voltar" de sua viagem à Ásia, informou a porta-voz da Presidência Karine Jean-Pierre.  

Perto da fronteira com o México
O ataque a tiros ocorreu na Escola Fundamental Robb, em Uvalde, Texas, cidade situada entre San Antonio e a fronteira com o México. Mais de 500 crianças estavam matriculadas neste centro de ensino durante o ano letivo 2020-2021, segundo dados estaduais. 

A polícia local havia informado anteriormente que um suspeito tinha sido detido após o ataque, que começou por volta do meio-dia. 

A escola, frequentada por estudantes de segunda à quarta série, pediu aos pais que não fossem pegar os filhos até e que todos tivessem sinto contados. 

"Por favor, não venham pegar os alunos neste momento. Os estudantes devem ser contados antes de serem entregues a seus cuidados. Vocês serão notificados para recolher os alunos assim que todos tiverem sido contabilizados", destacou em seu site na internet.

Ted Cruz, senador pelo Texas, tuitou que ele e sua esposa estavam rezando pelas crianças e pelas famílias "no horrível ataque a tiros em Uvalde".

"Obrigado às forças heroicas da ordem pública e dos socorristas por agir com tanta rapidez", acrescentou o senador republicano.

Onda de violência armada
A violência mortal nesta escola do Texas ocorre depois de outros ataques maciços a tiros nos Estados Unidos este mês. 

Em 14 de maio, um jovem de 18 anos matou a tiros dez pessoas em uma loja de comestíveis em Buffalo, Nova York. Usando um colete à prova de balas e um fuzil AR-15, o autoproclamado supremacista branco teria transmitido ao vivo seu ataque.

Segundo informes, ele planejou seu ataque durante meses, realizando-o no estabelecimento devido à grande concentração de afro-americanos que o rodeiam. 

No dia seguinte, um homem bloqueou a porta de uma igreja em Laguna Woods, Califórnia, e abriu fogo contra sua congregação taiwanesa-americana, matando uma pessoa e ferindo cinco. 

O atirador, que trabalhava como segurança em Las Vegas, atacou as pessoas por "ódio com motivação política... (E) estava incomodado com as tensões políticas entre China e Taiwan", segundo o xerife do condado de Orange, Don Barnes.  

Apesar dos ataques a tiros em massa recorrentes e de uma onda nacional de violência armada, múltiplas iniciativas para reformar as regulações sobre armas fracassaram no Congresso nos Estados Unidos, deixando aos legislativos estaduais e locais promulgarem suas próprias restrições.

Os Estados Unidos registraram 19.350 homicídios com armas de fogo 2020, quase 35% a mais do que em 2019, segundo os dados mais recentes do Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência de saúde pública americana. 

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