Autoridades palestinas afirmam que Exército israelense matou um menino de 11 anos na Cisjordânia
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina identificou o menino como Mohamad Hallaq e disse que ele morreu na localidade de Al Rihiya, ao sul de Hebron
As forças israelenses mataram, nesta sexta-feira (17), um menino de 11 anos na Cisjordânia ocupada, segundo sua família e o Ministério da Saúde palestino, enquanto o Exército afirmou que suas tropas haviam disparado contra indivíduos que lançavam pedras.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina identificou o menino como Mohamad Hallaq e disse que ele morreu na localidade de Al Rihiya, ao sul de Hebron.
O tio, que também se chama Mohamad Hallaw, disse à AFP que o menino estava sentado em frente à sua casa quando uma patrulha do Exército passou durante um confronto com um grupo de jovens mais velhos.
Os soldados "dispararam diretamente [nos meninos mais velhos] e o mataram", explicou o tio, afirmando que seu sobrinho não fazia parte do grupo de jovens.
O Exército israelense declarou à AFP que "os soldados responderam com disparos contra os suspeitos que lançavam pedras" em Al Rihiya.
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O número de menores mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia, em confrontos vinculados ao lançamento de pedras, aumentou significativamente este ano.
Em abril, o Exército matou um adolescente palestino com cidadania americana, seguido por um jovem de 14 anos em junho e um de 15 anos em julho, por terem lançado pedras, segundo a força armada.
Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967 e a violência se intensificou ali desde que começou a guerra de Gaza em outubro de 2023.
Desde então, as tropas e colonos israelenses mataram pelo menos 986 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde.
Durante o mesmo período, ao menos 43 israelenses, incluindo pessoal de segurança, morreram em ataques palestinos ou durante operações militares israelenses, segundo números oficiais.

