Av. Agamenon é bloqueada durante protesto contra a PEC 241 e a reforma do Ensino Médio
Manifestação acontece sob gritos de “Fora Temer" e “Aqui está o povo sem medo, sem medo de lutar”
Como forma de protestar contra as propostas da PEC 241 e da reforma do Ensino Médio, estudantes universitários, alunos do Ensino Médio de escolas públicas, professores e diversas categorias de servidores no Recife - incluindo técnicos administrativos -, bloquearam, no início da noite desta terça-feira (25), os dois sentidos da avenida Agamenon Magalhães na altura da Praça do Derby.
A manifestação, que acontece sob gritos de “Fora Temer” e “Aqui está o povo sem medo, sem medo de lutar”, ocupou intercaladamente ambos os sentidos da via, ora deixando o sentido Olinda livre, ora deixando o sentido Boa Viagem viável para o trânsito de automóveis.
“Trabalhador, presta atenção: estamos lutando por saúde e educação” foi mais uma frase entoada pelos manifestantes. A concentração do ato foi na Praça do Derby no final desta tarde e a saída do grupo ocorreu por volta das 18h. Foram levados dizeres em cartazes com a finalidade de entoar a demanda por direitos. “PEC” foi interpretado por um manifestante como “Projeto de Exclusão Coletivo” enquanto outra presente levantou a fala de que “As mulheres não irão pagar pelas medidas do governo”.
A estimativa de um porta-voz da organização do ato é de que foram reunidas cerca de 5 mil pessoas durante o protesto. Uma delas foi a professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Roberta Uchôa. “Só vamos barrar a ofensiva conservadora e reacionária que ganhou força no Brasil com o povo nas ruas. Sem ocupar o espaço público, o governo não vai recuar”, afirmou a docente. Segundo ela, se aprovadas, as novas medidas propostas pelo governo Temer serão ruins para a saúde e educação.
O estudante do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Otácio Henrique, de 16 anos, mencionou a importância da presença estudantil durante o protesto. “Se vai nos atingir, então precisamos mostrar que temos voz e que temos força enquanto estudantes brasileiros”, disse. “Não vamos receber de maneira passiva tudo o que o governo atual nos manda”.