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ORIENTE MÉDIO

Biden e Kamala pedem paz no Oriente Médio no aniversário do ataque do Hamas a Israel

Biden participou de uma breve cerimônia na Casa Branca nesta segunda (7)

Joe Biden e Kamala HarrisJoe Biden e Kamala Harris - Foto: Drew Angerer / Getty Images via AFP

Um ano depois do ataque do Hamas a Israel, Joe Biden e Kamala Harris pediram, nesta segunda-feira (7), paz no Oriente Médio e o fim de uma guerra que poderia afetar as eleições americanas de 5 de novembro.

"Sigo plenamente comprometido com a segurança do povo judeu, a segurança de Israel e seu direito a existir", afirmou o presidente americano em um comunicado.

O 7 de outubro será lembrado também "como um dia sombrio para o povo palestino pelo conflito que o Hamas desencadeou", acrescentou Biden. "Muitos civis sofreram demais durante este ano de conflito", ressaltou.

"Nunca me esquecerei do horror de 7 de outubro de 2023", disse a vice-presidente democrata Kamala Harris, candidata à Casa Branca, em outro comunicado. Ela também disse estar de "coração partido pela quantidade de morte e destruição em Gaza no último ano".

Biden participou de uma breve cerimônia na Casa Branca.

Velar pelas vítimas
De olhos fechados por alguns momentos, o presidente ouviu a oração fúnebre feita por um rabino amigo da família do israelense-americano Hersh Goldberg-Polinn, sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro e cujo cadáver foi encontrado em 1º de setembro. Após um momento de silêncio, acendeu uma vela em memória das vítimas.

Kamala, por sua vez, vai plantar uma árvore em memória ao primeiro aniversário do massacre. Seu adversário republicano, Donald Trump, também participará de cerimônias em Nova York e Miami.

O Oriente Médio está à beira de uma guerra generalizada e o governo Biden é incapaz de ditar a conduta na ofensiva empreendida há um ano pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em resposta ao massacre.

Tanto Biden quanto Kamala consideram que uma "solução diplomática" é o "único caminho" para a paz.

Entretanto, Israel realiza bombardeios no Líbano para combater a milícia do Hezbollah, aliada do Hamas, e diz preparar uma resposta ao ataque do Irã de terça-feira passada.

O ataque de 7 de outubro provocou a morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses, incluídos os reféns que morreram em cativeiro.

Manifestações
Em resposta, o Exército israelense lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza com o objetivo de destruir o Hamas, no poder desde 2007.

Desde então, parte do território palestino foi reduzido a escombros, quase todos os seus 2,4 milhões de habitantes foram deslocados e pelo menos 41.909 palestinos morreram, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

São esperadas manifestações pró-palestinas em Nova York e outras cidades americanas.

No sábado, em Washington, um homem que diz ser jornalista tentou atear fogo ao próprio corpo em protesto pela ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Desde o atentado do Hamas, a guerra no Oriente Médio tem repercussões quase diárias na campanha eleitoral americana e poderia influenciar o resultado das eleições porque parte da esquerda e dos muçulmanos do país se distanciaram dos democratas por causa do apoio de Biden à ofensiva de Netanyahu.

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