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Bolsonaro defende 'esperar um pouquinho mais' para definir sobre adiamento do Enem

Na terça-feira (19), o Senado aprovou, por 75 votos a 1, um projeto de lei que determina o adiamento das provas do Enem por causa da Covid-19

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Evaristo Sa / AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (20) que é melhor "esperar um pouquinho mais" para definir se adia ou não as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em razão da pandemia do novo coronavírus. O presidente falou sobre o assunto com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, após uma reunião com a secretária especial de Cultura, Regina Duarte, que assumirá a Cinemateca de São Paulo.

"A prova do Enem, que alguns querem adiar, acho que temos que ouvir os que vão fazer a prova", disse Bolsonaro. Uma apoiadora afirmou que faria o exame, então, o presidente fez uma pergunta a ela. "Você quer adiar ou quer deixar em novembro mesmo?", indagou. Ao que a apoiadora respondeu que "acho que seria melhor adiar". "Adiar para quando? Depois que você adia, você não sabe quando", retrucou Bolsonaro.

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"Opinião minha. Tem pedidos da Câmara, da presidência da Câmara. Parlamentares querem adiar, outros não. Eu te pergunto: a eleição vai ser adiada também? Vamos esperar um pouquinho mais. É muito cedo. Estamos agora em maio, é só em novembro. Espera um pouquinho mais para tomar a decisão", afirmou o presidente.

Na terça-feira (19), o Senado aprovou, por 75 votos a 1, um projeto de lei que determina o adiamento das provas do Enem por causa da Covid-19. O texto, de autoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), teve apenas um voto contrário, o do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A proposta agora tem que ser apreciada pela Câmara. Se houver alterações, o projeto volta ao Senado antes de ir à sanção do presidente.

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) já avalia nesta terça-feira (19) novas datas para a realização do Enem. O governo considera adiar a prova para dezembro ou janeiro.

Contrário ao adiamento, o ministro Abraham Weintraub (Educação) foi quem fez o pedido para que a equipe do Inep estude novas datas, segundo relatos de técnicos do instituto. Na tarde de terça-feira, Weintraub anunciou pelas redes sociais que vai fazer uma consulta pública para ouvir estudantes. As novas datas já estariam contempladas nesse processo, previsto para junho.

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