Brasil

Ações integradas resultaram na redução de homicídios, aponta Moro

Em termos absolutos, a maior queda no número de homicídios foi registrada na Região Nordeste, onde o total de vítimas diminuiu de 13.010 para 9.450

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio MoroMinistro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Mais de 23 mil pessoas perderam a vida no Brasil, entre janeiro e agosto deste ano, vítimas de crimes violentos. Ainda que elevado, o total de 23.383 homicídios representa uma queda na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram registrados 30.067 ocorrências.

"São 6.684 pessoas que não perderam suas vidas", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao participar, nesta quinta-feira (12), da divulgação de ações realizadas por sua pasta ao longo deste ano. Durante o anúncio, o ministro Sergio Moro comentou que os índices de criminalidade vêm caindo em todo o país desde o ano passado, fruto da maior integração entre as forças de segurança federal, estaduais e municipais.

"Tivemos no Brasil uma epidemia de homicídios, revelando uma situação de descalabro na segurança pública que tem sido melhorada. Melhorou relativamente em 2018, e está melhorando mais significativamente em 2019", disse o ministro.

Em termos absolutos, a maior queda no número de homicídios foi registrada na Região Nordeste, onde o total de vítimas diminuiu de 13.010 para 9.450 – ou seja, 3.560 menos mortes violentas quando comparados os dois períodos. Na Região Sudeste foram registrados 1.305 casos a menos – foram 7.464 homicídios entre janeiro e agosto de 2018, contra 6.159 nos mesmos meses de 2019. Na Região Norte, a diferença foi de 780 casos (3.946 ocorrências contra 3.166). Em seguida vem o Sul, com uma redução de 754 mortes (passando de 3.320 para 2.566) e Centro-Oeste, com 285 vítimas a menos no último período (de 2.327 para 2042).

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“Temos observado, no país inteiro, uma queda expressiva nos principais indicadores criminais. Evidente que a segurança pública não é responsabilidade exclusiva do governo federal. Ao contrário. Boa parte das responsabilidade cabe aos estados e, em alguma parcela, aos municípios. Então, esta melhoria não pode ser atribuída exclusivamente a um ente ou outro. Ela é fruto de uma atuação conjunta”, disse Moro antes de destacar a contribuição federal.

“Como esta queda tem sido expressiva e verificada praticamente no país inteiro, não é nenhuma ousadia afirmar que parte dela está relacionada às ações do governo central”, acrescentou o ministro, lembrando que especialistas e organizações que atuam no âmbito da segurança pública já vinham apontando para a redução dos índices de criminalidade.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (12) também indicam uma redução de 36,4% nos roubos à instituições financeiras; 23% nos latrocínios (roubo seguido de morte); 22,9% no roubo de cargas; 21,7% no roubo de veículos, além da redução de outros ilícitos. "Isto tudo é resultado de uma ação das forças de segurança estaduais, municipais, mas, certamente, o trabalho do Ministério da Justiça e das forças de segurança a ele vinculadas tem feito a diferença", insistiu Moro.

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