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Brasil lança processo de visto eletrônico para turistas americanos

Cidadãos dos Estados Unidos são os que mais vão ao Brasil e gastam cerca US$ 710,5 milhões com essas visitas

Passaporte americanoPassaporte americano - Foto: Pixabay

Na tentativa de derrubar o que entende como "barreira tarifária", o Brasil passa agora a permitir a entrada de americanos no país com um visto eletrônico, dispensando idas aos consulados e reduzindo de US$ 150 para US$ 40 o custo para emitir o documento.

Depois dos argentinos, cidadãos dos Estados Unidos são os que mais vão ao Brasil -eles são cerca de 570 mil por ano e gastam cerca US$ 710,5 milhões com essas visitas. Com a mudança, a Embratur, agência responsável pela promoção do turismo nacional, espera aumentar em até US$ 177,6 milhões os gastos deles.

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"O número de americanos que viajam o mundo é muito grande, são 75 milhões que viajam", diz Vinicius Lummertz, chefe da Embratur. "Queremos aumentar isso e ir crescendo. É o caminho do elefante, porque eles têm memória e percorrem essa rota."

Essa mudança nas regras também acelera o processo. Em 72 horas, americanos agora podem ter um visto aprovado sem ir até um consulado no país -as sedes diplomáticas do Brasil, aliás, não cobrem nem um quinto do território dos Estados Unidos.

Embora a medida da Embratur, com claros propósitos econômicos, facilite a entrada dos americanos, essa não é uma via de mão dupla. Brasileiros continuarão tendo de enfrentar filas nos consulados dos Estados Unidos para tirar seus vistos americanos.

O Itamaraty mantém a exigência de vistos para americanos por causa da exigência de Washington, observando um princípio de reciprocidade em relações diplomáticas.

Além dos Estados Unidos, os vistos eletrônicos para o Brasil também já estão disponíveis para os cidadãos de Austrália, Canadá e Japão. Desses, só o Canadá reduziu a burocracia para a entrada de brasileiros, dispensando a necessidade de visto para quem já tem um documento de entrada válido nos EUA.

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