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Edifício vizinho ao que desabou em SP trepida e tem risco de colapso

A fachada do prédio está toda marcada pela fumaça da queda do prédio vizinho e os últimos cinco andares ficaram danificados, com risco de colapso parcial ou mesmo total

Escombros de prédio que desabou após incêndio em São PauloEscombros de prédio que desabou após incêndio em São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 Localizado logo em frente ao edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada de terça-feira (1º), um edifício de cerca de 13 andares corre risco de colapso e foi interditado pela Prefeitura de São Paulo. A fachada do prédio está toda marcada pela fumaça da queda do prédio vizinho e os últimos cinco andares ficaram danificados, com risco de colapso parcial ou mesmo total.

"Acreditamos que o problema esteja mesmo nos últimos andares, com risco de desprendimento de pedaços de alvenaria ou colapso. Achamos que não haverá colapso total, a não ser que a estrutura esteja muito comprometida e gere efeito dominó", diz Humberto Leão, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros.

O prédio foi interditado e a área foi isolada. Segundo Leão, a prefeitura fará vistoria do prédio para definir os riscos estruturais existentes. É possível perceber manchas pretas inclusive na parte traseira do edifício, indicando que ele foi bastante afetado pelo desabamento do prédio da frente.

Outros três edifícios foram interditados na região, mas sem risco de caírem. Eles foram fechados para que a área seja isolada para o trabalho de buscas e de remoção dos escombros.

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O edifício Wilton Paes de Almeida, no largo do Paissandu, foi engolido pelo fogo na madrugada desta terça (1º), após uma explosão no 5º andar -há suspeita de que ela esteja ligada a um botijão de gás, e moradores citam uma discussão entre um casal morador. ​

O desabamento ocorreu enquanto um homem que tentava ajudar outras pessoas era resgatado do 8º andar. Ele caiu em meio às chamas e à fumaça -​e não foi mais localizado.

Moradores suspeitavam do desaparecimento de uma mulher com crianças gêmeas. As equipes continuavam com as buscas por eventuais sobreviventes ou por vítimas. "Existem pessoas que estão desaparecidas, mas não temos como dizer se elas estão ali dentro", afirmou Marcos Palumbo, capitão dos bombeiros.

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