Brasil
Ex-governador do TO é preso pela PF
De acordo com o procurador, o próximo passo da operação é entender onde foram “lavados” os valores em questão.
BRASÍLIA (ABr) - Após a decretação da prisão temporária do ex-governador do Tocantins, Sandoval Cardoso, e da condução de Siqueira Campos, também ex-governador do estado, a Operação Ápia, deflagrada ontem pela Polícia Federal, tenta descobrir o tamanho do prejuízo aos cofres públicos e para onde foram os recursos desviados. A informação é do procurador-geral da República José Ricardo Teixeira, que disse que a investigação teve início por meio de um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) em 2014.
Auditorias da então Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) realizadas à época apontaram irregularidades em licitações de obras de pavimentação asfáltica no estado. “Como envolvia recursos federais oriundos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e também recursos adquiridos no exterior com o aval do Governo Federal, o MPF deu curso à investigação aqui e solicitou uma auditoria à CGU, que averiguou um dos contratos e constatou superfaturamento.”
De acordo com o procurador, o próximo passo da operação é entender onde foram “lavados” os valores em questão. A Operação Ápia foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa que atuou no Tocantins fraudando licitações públicas e a execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais. Cerca de 350 policiais federais participam da operação.
Foram cumpridos 113 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal, sendo 19 de prisão temporária, 48 de condução coercitiva e 46 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Federal, a investigação descobriu um esquema de direcionamento de concorrências envolvendo órgãos públicos de infraestrutura e agentes públicos nos anos de 2013 e 2014.
Veja também
BRASIL
No Brasil, 4,5 milhões de crianças precisam de uma vaga em creche
QUEIMADAS